Fomos
criados
de
graça,
mas a
salvação
não
Paulo ensinou as doutrinas da fé, da graça, de
sacrifícios agradáveis a Deus e do Pecado Original antes
da existência dos ensinos dos Evangelhos, pois ele foi o
primeiro a escrever os textos do Novo Testamento. E ele
e o teólogo inglês Pelágio polemizaram muito a respeito
delas. E Lutero, que se juntou a Santo Agostinho, as
incrementou muito. Nessa questão, a Igreja ficou mais
com o teólogo inglês Pelágio, pois ela não aceitava
acabar com seus rituais e sacramentos. Mas, ultimamente,
para mais entendimento com os protestantes e
evangélicos, ela passou a aceitá-las discretamente.
E algumas doutrinas antigas vêm caindo num esvaziamento,
pois se tornaram insustentáveis. Sempre houve padres,
bispos, cardeais e até papas contrários a uma só vida
nossa terrena, mas os líderes religiosos atuais evitam
falar nisso de público, pois não querem prejudicar sua
profissão. E, nesse sentido, alguns se desabafam comigo.
Para saber mais: meus dois livros Best Sellers (editados
também em Inglês nos Estados Unidos): “A Reencarnação na
Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”.
A doutrina da fé (do grego: “pistia” e do latim: “fides”),
muitas vezes, seria melhor essa palavra ser traduzida
por ‘fidelidade’, como fazem alguns tradutores modernos.
Aliás, ela tem também esse significado. De fato, não
basta crer em Jesus, é preciso que se tenha fidelidade a
Ele, pois, crer por crer em Jesus, até os demônios maus
creem nele.
Por oportuno, esclareço aqui que é comum as pessoas
misturarem demônios com diabos. Diabo não é Espírito,
mas símbolo do pecado (adversário dos Espíritos que
somos). Assim é que Jesus tirava demônios das pessoas,
mas nunca tirou delas diabo e nem satanás, cujo
significado é semelhante ao de diabo, e não é, também,
pois, demônio, que é Espírito humano ainda atrasado em
sua evolução, enquanto que os anjos, ao contrário, são
também Espíritos humanos, mas muito evoluídos.
A doutrina da graça, creio que ela só vale para a nossa
criação. Mas criados que fomos, com intelecto e
livre-arbítrio, passamos a ser responsáveis pelos nossos
atos e, consequentemente, por nossos méritos e deméritos
da lei de causa e efeito, que é manipulada por nós
mesmos e não por Deus ou qualquer outro ser, já que
colhemos o que semeamos.
Por falta de espaço, numa outra matéria, falaremos sobre
o Pecado Original.
Se a nossa salvação fosse de graça, o reino dos céus não
seria tomado por esforço. Realmente, passar pela porta
estreita não é fácil. Da parte de Deus e Jesus, tudo já
foi feito do modo mais perfeito possível. Cabe-nos
fazer a nossa parte, ou seja, a vivência do Evangelho.
Ou será que o Nazareno no-lo trouxe, como se diz, só pra
inglês ver?