Quando as
máscaras caem
O momento presente não é
apenas avassalador em
razão das milhares de
almas que estão partindo
da dimensão material sob
intenso sofrimento. Ele
deve ser igualmente
considerado como um
momento único e especial
pelo que está
proporcionando em termos
de aprendizado às
criaturas humanas. Ora,
devemos recordar que as
pessoas – pelo menos
aquelas minimamente
informadas acerca das
coisas do Espírito
imortal - vêm há muito
tempo sendo alertadas
sobre as dramáticas
mudanças agora em curso.
Pois bem. A Terra
finalmente chegou ao seu
novo estágio de
transição evolutiva
(regeneração). Quanto
tempo vai durar? Quantas
almas perecerão? Quantas
mudanças imediatas
ocorrerão? Só Deus sabe.
Seja como for, sob a
transição nos alcançam
não apenas inúmeras
desgraças individuais e
coletivas, mas também
revelações terrivelmente
chocantes sobre a
natureza humana. Faço
tal afirmação baseado no
fato de que o
cristianismo esparge sua
luz redentora nos
corações humanos há
exatos 21 séculos.
Não me refiro aqui
também aos atos
escabrosos praticados
pelos lobos travestidos
de gente, que tentaram
de todas as formas
possíveis lucrar com a
epidemia. Muitos,
felizmente, já foram
identificados pelas
forças policiais e
enfrentam agora as
justas consequências dos
seus crimes. Outros
ainda tentam, é verdade,
atrapalhar a ação da
justiça, mas seu tentame
é inútil. Mais hora
menos hora haverão de
receber a merecida pecha
de ladrões do patrimônio
público e certamente
trilharão caminho
semelhante. No geral,
não passam de indivíduos
sem escrúpulos que não
se importam com a dor
dos semelhantes.
Num plano mais básico da
vida, no entanto, há
aqueles que no clamor do
processo depurador em
andamento também estão
mostrando a sua
verdadeira face.
Infelizmente, deles
emergem características,
traços de personalidade,
comportamentos e
atitudes deploráveis,
claramente perceptíveis.
Com efeito, ninguém
consegue enganar os
outros para sempre, já
que a verdade sempre
vem à tona. Mas quem são
eles(as)? São
simplesmente os(as)
falsos(as) amigos(as),
companheiros(as),
colegas, parentes e –
pasmem – até mesmo
cônjuges.
De modo geral, os
delitos não se
circunscrevem apenas e
tão somente aos
execráveis feminicídios,
parricídios, latrocínios
etc. Há uma outra ordem
de “crimes” não
computadas pelas
estatísticas, que
destroem os
relacionamentos e, por
extensão, as
oportunidades de união e
entendimento. Ou seja,
refiro-me às traições de
todas as formas; as
inimizades disfarçadas
que geralmente escondem
objetivos nefastos; os
desejos de vingança
ocultados pelo abençoado
manto da reconciliação;
o propósito de
prejudicar (sem qualquer
razão ou justificativa)
outrem; a crônica falta
de sinceridade, típica,
aliás, da tibieza
humana; o onipresente
olhar malicioso e
invejoso; sem falar na
hedionda hipocrisia, que
grassa em toda parte.
Obviamente não esgoto
aqui todas as
possibilidades de
manifestação do mal.
Confesso humildemente
não ter tal capacidade.
É verdade que a história
humana é repleta de
cometimentos torpes,
cruéis e abomináveis.
Afinal de contas, os
indivíduos continuam
privilegiando o efêmero
em vez do eterno. A
sublime mensagem de
Jesus não foi ainda
assimilada. Há poucos
dias, aliás, assisti a
um documentário muito
esclarecedor sobre a
vida do rei Henrique
VIII da Inglaterra
(1491-1547), e como ele
se desfazia das pessoas,
dos seus métodos
perversos e da abundante
maldade do seu Espírito.
Claro que estou
resgatando um exemplo
extremo de perturbação
espiritual. Entretanto,
Henrique também
enfrentou a morte física
sob pesadas injunções, e
não seria inconcebível
imaginar que aquela alma
ainda esteja pagando um
elevado tributo pelos
seus desmandos através
de penosas encarnações.
O que realmente preocupa
é identificar que o
coração humano continua
comprometido com as
sombras, espalhando
maldades e fel em todas
as direções. Há, vivendo
entre nós, criaturas
profundamente doentes
não apenas do corpo, mas
também da alma.
Altamente comprometidas
com projetos malignos,
estão criando para si
mesmas futuras
experiências tenebrosas,
dignas do inferno de
Dante. Dominadas por
imensa insensatez,
inveja, mesquinharia,
maquiavelismo e
ingratidão para os que
lhes estendem as mãos
amorosas, destilam o
ácido corrosivo da fala
maldosa e tomam atitudes
perversas.
Mas, como tudo na vida,
chega o dia em que a
máscara cai e – como
tantos romances da
literatura espírita
evidenciam com meridiana
clareza – a verdade
soberana sobrepuja todos
os males. Dela, a
propósito, ninguém
escapa! Infelizes,
aliás, todos aqueles que
tentam subvertê-la ou
manipulá-la.
Acontecimentos ou
eventos desenrolam-se
naturalmente pela
vontade de Deus, e,
assim, os indivíduos
trevosos acabam
revelando todo o mal que
lhes preenche o Espírito
ensandecido. Para tais
criaturas, ainda muito
distantes da luz pela
sua própria incúria e
desequilíbrio emocional,
provavelmente restará,
por um bom tempo, o
“choro e ranger de
dentes”, do qual nos
falou Jesus. Pobres
criaturas!
Se uma delas estiver no
seu caminho, use o
sagrado recurso da
oração misericordiosa.
Sua iniciativa será
certamente reconhecida
pela espiritualidade, e
o(a) infeliz haurirá, no
momento oportuno, forças
e inspiração para
alcançar a indispensável
lucidez.
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