As
religiões (não) fazem
falta?
Nestes momentos
conturbados do planeta
Terra, a guerra tem sido
o grande carrasco do ser
humano. Como resquícios
dos mundos primitivos, o
Homem continua a matar
por qualquer razão,
todas elas tendo como
causa o egoísmo que, por
sua vez, é a mãe de
todos os defeitos morais
do Homem.
Da guerra mental,
verbal, física, familiar
ou não, guerras
periféricas até as
guerras mundiais, temos
tido de tudo um pouco,
desde que o Homem é
Homem.
Se a ganância, o
orgulho, o egoísmo têm
sido os grandes verdugos
da Humanidade,
conduzindo a guerras
permanentes, a
sofrimentos atrozes, a
marcas físicas e
psicológicas sem fim, as
religiões têm,
igualmente, sido fontes
de conflitos nas mais
diversas Eras da
Humanidade.
Vendo bem as coisas, as
religiões são como os
partidos políticos, os
clubes de futebol: todas
elas se acham a melhor
entre todas, a única que
possui a verdade e, como
tal, tornam-se sectárias
(seitas, que separam uns
dos outros), promovendo
disputas e, amiúde,
ódios, guerras e
vinganças sem fim, tudo
isto em nome de Deus,
que cada uma apelida
como deseja.
No ponto extremo temos o
radicalismo religioso,
religiões mais ou menos
bárbaras, que nada
condizem com a noção de
espiritualidade, paz,
humanismo, fraternidade,
solidariedade, Amor.
Jesus de Nazaré foi o
Espírito mais evoluído
que esteve na face da
Terra, dizem os
Espíritos superiores,
nas pesquisas efetuadas
por Allan Kardec, quando
da codificação da
Doutrina dos Espíritos
(Espiritismo ou Doutrina
Espírita) em 1857.
Pela árvore se vê o
fruto e, de fato, apenas
com Jesus de Nazaré
encontramos noções de
vivência em sociedade
transversais a toda a
Humanidade, sem
distinção de povos ou
raças, pregando e
praticando o Amor ao
próximo, deixando esse
roteiro como o único
caminho seguro para a
Humanidade.
Jesus de Nazaré é o
expoente máximo que
esteve na Terra, cujos
ensinos se destinam a
todos os homens, povos e
raças.
Jesus não criou o
cristianismo, nem as
religiões cristãs, isso
foi fruto da Humanidade
que o adaptou às suas
idiossincrasias. Ele foi
o grande psicoterapeuta
da Humanidade, no dizer
do Espírito Joanna de
Ângelis, não fundou
nenhuma religião.
As religiões são
contranatura, dividem,
separam, criam
dissensões, guerras, não
são um polo de união
entre os Homens e, como
tal, nos dias que
correm, não são um bem
para a Humanidade.
Se é certo que existem
muitas pessoas de boa
vontade dentro das
religiões, é mais que
sabido que as estruturas
das mesmas se tornaram
fontes de poder, de
miséria e de discórdia.
O Espiritismo não é mais
uma religião ou seita,
mas uma filosofia de
vida, universal e
universalista, sendo
que, qualquer pessoa, em
qualquer parte do mundo,
pode estudar e praticar
o Espiritismo.
Em pleno século XXI é
inadmissível o terror
dos radicais islâmicos
(entre outros), cujas
intenções primitivas e
destruidoras visam ao
regresso à Idade Média,
numa tentativa de
destruir a civilização
Ocidental. Estão em
risco a evolução da
Humanidade, os Direitos
do Homem, uma
civilização mais
fraterna, onde a
igualdade, fraternidade,
colaboração e
espiritualidade sejam o
ponto de encontro entre
as diversas
civilizações.
Nestes tempos de dor, em
que os cristãos voltam a
ser mártires, perante as
atrocidades terroristas
fundamentadas no
radicalismo religioso,
precisamos relembrar os
primeiros cristãos, a
sua coragem e, com a
certeza da imortalidade,
assente na razão, na
pesquisa, e não
abdicarmos das
conquistas
civilizacionais do
Ocidente.
Vivemos tempos de
pandemia espiritual, em
que obsessões
espirituais, coletivas,
de Espíritos atrasados,
se operam sobre a
Humanidade, cuja fonte
de ligação é,
precisamente, a
violência, o egoísmo, o
orgulho, a
agressividade.
A espiritualidade
(entendimento da vida,
ligação à Divindade) é o
que se deseja hoje em
dia e, para o futuro da
Humanidade, onde as
religiões sejam
recordadas como os
primeiros passos do
Homem, até que se
entendesse que, afinal,
elas não eram precisas
para nada… havendo
espiritualidade!
Nas pegadas de Jesus de
Nazaré, o hindu Mohandas
Gandhi especificou,
também falando e agindo:
“Não há um caminho
para a paz, a paz é o
caminho”.