Os clássicos e a infância
Todo leitor é, quando está lendo, um leitor de si mesmo.
Marcel Proust
As histórias clássicas marcam a infância de forma
significativa. Quem não se lembra de imaginar os lugares
onde se passam as grandes aventuras? Como o País das
Maravilhas? Exemplos de clássicos infantis são obras
como João e Maria, Chapeuzinho Vermelho –
e que são bem aceitas pelas crianças desde o primeiro
ano de vida.
Por que continuar a ler os clássicos infantis para os
nossos filhos? Essas histórias nos conectam com o nosso
lado emocional, sensível e criativo. Elas nos trazem
importantes lições sobre a essência humana.
Os ensinamentos que os clássicos proporcionam são atuais
justamente por causa do caráter atemporal das histórias.
Pais e educadores continuam – e devem continuar – a ler
os clássicos para as crianças, pois essas são histórias
capazes de unir gerações…
Muitas crianças, com dez, onze anos, leem os livros de Harry
Potter (e que têm tudo para se tornarem um
clássico), pois a autora explora o enigma, a magia. Além
disso, os recursos estilísticos são bem utilizados. A
leitura é permeada pelo mistério, prendendo o leitor.
Por aproximar-se dos clássicos na infância, a criança
conhecerá boas narrativas desde o começo da vida e isso
proporcionará a ela, de maneira mais fácil e natural, os
encontros com a boa literatura mais tarde.
Notinhas
Nos casos de crianças que já leem, para leitores do
fundamental I é interessante qualquer livro de Monteiro
Lobato, Contos dos Irmãos Grimm, Peter Pan,
de James Mattew Barrie, As Aventuras do Ursinho Puff,
de A. A. Milne, e Odisséia, de Homero, por
exemplo.
Para leitores do fundamental II, por sua vez, Robinson
Crusoé, de Daniel Defoe, Ilha do Tesouro, de
Robert Louis Stevenson, O Rei Artur e a Távola
Redonda, de autor desconhecido, Os Três
Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, Robin Hood,
de Neil Philip, e Dom Quixote de La Mancha, de
Miguel de Cervantes…
A Bolsa Amarela,
de Lygia Bojunga, por exemplo, uma das mais importantes
e premiadas obras da literatura infantil nacional, conta
a história de Raquel, uma menina que coloca em uma bolsa
amarela seus principais desejos. O conto traz uma
brilhante mistura do mundo real e do terreno da
imaginação.
|