O amor em
nossas vidas
Quando Jesus começou a
ensinar as suas lições,
o homem se guiava pelos
Dez Mandamentos,
recebidos por Moisés no
Monte Sinai e pelas leis
civis e disciplinares,
criadas por Moisés, para
disciplinar o seu povo.
Jesus condensou os Dez
Mandamentos em dois
mandamentos principais:
amar a Deus e ao
próximo. E as leis civis
e disciplinares,
baseadas no olho por
olho e no dente por
dente, Jesus as
substituiu por leis
baseadas na caridade, na
humildade e no amor ao
próximo.
Entende-se por que,
certa vez, um fariseu
perguntou a Jesus:
"Mestre, qual o maior
mandamento da lei?" -
Jesus lhe
respondeu: "Amarás o
Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu
espírito; este é o maior
e o primeiro mandamento.
E o segundo mandamento,
semelhante a esse, é:
Amarás o teu próximo,
como a ti mesmo. Toda a
lei e os profetas se
acham contidos nesses
dois mandamentos".
Realmente, se além de
amar a Deus, o homem
amar também o seu
próximo, ele não vai
fazer nada de mal contra
o semelhante. E só em
contato com o
semelhante é que se pode
evoluir, pois sozinho, o
homem não evolui.
É neste sentido que o
filósofo grego
Aristóteles (Estagira,
Macedônia, 384 a.C. -
Calcis, Elbeia, 322
a.C.), disse que "o
homem é um animal
social", ou seja, o
homem só evolui em
contato com o outro (com
o semelhante).
Assim é que Allan
Kardec, em O Livro
dos Espíritos - Lei
de Sociedade, na
complementação da
resposta dos Espíritos à
questão 768, diz: "Homem
nenhum possui faculdades
completas. Mediante a
união social é que elas,
umas às outras, se
completam, para lhes
assegurar o bem-estar e
o progresso. Por isso é
que, precisando uns dos
outros, os homens foram
feitos para viver em
sociedade e não
isolados.
A solidariedade é o amor
em ação, porque ela
conduz à caridade moral,
que consiste em amar uns
aos outros, apesar das
diferenças que existem,
por sermos Espíritos
diferenciados, e uma vez
que, ao reencarnar, cada
um traz uma vivência
diferente de vidas
passadas, somada às
vivências da vida
presente.
Assim, cada um tem um
jeito, uma maneira de
agir totalmente
diferente, que faz com
que as pessoas muitas
vezes entrem em
conflito, nas questões
do dia a dia. Só a
conscientização e o
conhecimento das leis da
reencarnação fazem com
que se compreenda essas
diferenças.
Neste sentido, a
reencarnação fortifica
os laços de família,
pois é na família onde
está o nosso primeiro
exercício de boa
convivência. Sendo
compreensivos e
solidários na família,
nos ajustaremos melhor,
dentro da sociedade.
Como diz André Luiz, na
mensagem intitulada
Ambiente caseiro, pela
psicografia de Francisco
Cândido Xavier, "A casa
não é apenas um refúgio
de madeira ou alvenaria,
é o lar onde a união e o
companheirismo se
desenvolvem".
Acentua André Luiz, na
mensagem citada: "A
paisagem da Terra se
transformaria
imediatamente para
melhor se todos nós,
quando na condição de
Espíritos encarnados,
nos tratássemos, dentro
de casa, pelo menos com
a cortesia que
dispensamos aos nossos
amigos".
Felizes serão os
que souberem efetuar, no
dia a dia, as quatro
operações, explicitadas
por Rodolfo Calligaris
no livro Páginas de
Espiritismo Cristão (FEB):
"Somar experiências,
isto é, conhecer o
porquê de tudo quanto
acontece ao nosso
derredor e em nós
mesmos"; "Diminuir as
necessidades grosseiras,
herança de nossa
passagem pela
animalidade, e os
apetites desordenados,
próprios de nossa
infância espiritual,
esforçando-nos por
alijar de nós a
glutonaria, a
sensualidade e os demais
vícios a quem nos
tenhamos escravizados";
multiplicar o bem-estar
coletivo, tornando-nos
elementos prestantes no
meio social a que
pertencemos"; "Dividir o
nosso Amor para com
todos, sem excluir
ninguém, nem mesmo
aqueles que, porventura,
se considerem nossos
adversários, espargindo
por onde passemos boas
palavras e gestos de
bondade, sem esperar
compreensão nem
recompensa, servindo
sempre, só pelo prazer
servir".
Complementa Rodolfo
Calligaris: "Como disse
o Mestre dos Mestres,
somente quando formos
capazes dessa divisão de
afeto com a família
universal é que seremos
dignos da companhia do
Pai, cuja benignidade
faz com que os
benefícios da chuva e
dos raios solares,
indispensáveis à vida na
Terra, cheguem tanto aos
bons como aos maus, aos
justos como aos
injustos. Isto porque
todos nós nos
ressentimos de algumas
fraquezas que ainda não
logramos vencer, e as
diversidades de nível
evolutivo, que nos
distinguem em dado
instante, diluir-se-ão
no futuro, mercê da Lei
do progresso que a todos
impele para a frente e
para o alto, rumo à
perfeição".
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