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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

Os três “C”


Você já deve ter ouvido ou lido sobre os três “C”. Ou não?

Para fazer o desligamento emocional de pessoas que insistem em seus pontos de vista e também em suas compulsões, sugere-se esta mentalidade: “Eu não causei... Eu não controlo... E eu não curo”. Método que nos auxilia para termos mais saúde física e emocional, pensamentos de serenidade e tomadas de decisão com amor.

Existem ainda estes três “C” muito comentados em grupos de ajuda mútua, para quem usa e abusa de álcool e outras drogas, se o indivíduo continuar, não fizer abstinência: clínica, cadeia e cemitério é o final. Porque o indivíduo desenvolve uma doença (a dependência química) que é crônica, progressiva e pode ser fatal se não for usado o remédio da abstinência.

Estes outros três “C” que somos convocados a visitar, dependendo de nossas ações e comportamentos, nos ensinam a reavaliar nossa vida, como devemos nos comportar e o que devemos fazer para conquistar uma consciência tranquila: clínica, cadeia e cemitério...

Indo para uma clínica, ou seja, um hospital, você vai dar valor à sua saúde física e mental.

Estando em “visita” na cadeia, você vai ver que a liberdade é a coisa mais preciosa que se tem na vida. Existe a prisão física e também a prisão mental – onde ficamos escravos de nossos equívocos cometidos.

Quando chegamos nesse terceiro “C”, o cemitério, vamos perceber que estamos de passagem na Terra – não se levam as coisas materiais, mas sim as coisas do espírito: sentimento, sabedoria, amor, inteligência, conhecimento e nossas ações – boas ou desacertadas. Viemos com nada material e voltaremos com as coisas do espírito, que a traça não rói e os ladrões não roubam – mas muita gente pode nos cobrar pelas nossas ações, promessas e comprometimentos.

Nessa escola abençoada que chamamos Terra, somos visitados por muitas oportunidades de experiência. Pessoas com quem convivemos despertam algo em nós, simpatia ou antipatia, ou seja, a luz ou a sombra, certamente para que tenhamos consciência daquilo que alimentamos e ainda existe dentro de nós, em nosso interior.

Muitos acreditam erroneamente que a ocasião faz o ladrão. Na verdade ninguém nos faz sentir atração ou repulsa, sentir amor ou ódio, alegria ou tristeza, desprendimento ou inveja, se não existissem essas emoções dentro de nós antes – as circunstâncias e as pessoas são apenas o gatilho que faz surgir os pensamentos, emoções e ações.

Portanto, devemos aceitar e exercitar todos os dias os sentimentos cristãos de agir no bem, nosso e dos semelhantes, terapêutica que proporciona bem-estar e iluminação interior, compreendendo que o equilíbrio vem de dentro de nossa alma. E se por dentro estamos bem, por fora vai estar tudo melhor. Então, vamos manter uma posição em que nosso emocional e nosso humor não vão mudar com base nas ações de outras pessoa – o poder está conosco, em nossas decisões.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita