Recomeço de experiências
É sabido que, no curso do tempo, o Mestre Soberano Jesus
estivera a surgir, ou a materializar-se aos olhos
carnais humanos, ou, às suas vistas psíquicas, para os
mais diversos merecedores de Sua Divina Presença, e,
inclusive, como se sabe, para o nosso sábio e amoroso
Francisco Cândido Xavier que, de olhos esbugalhados,
percebia aquela Grande Luz a envolver todo o ambiente de
sua modesta residência, na cidade de Uberaba/MG.
Para Ubaldi, igualmente, o Cristo lhe surgira após uma
sua acertada tomada de decisão franciscana que muito
agradara ao coração do Mestre, o Soberano Instrutor das
Humanidades terrenais.
E quem, dentre nós, nunca ouvira falar da aparição do
Mestre a Saulo: o perseguidor dos cristãos, que, para
logo, então, se convertera ao Cristianismo nascente
renomeando-se como Paulo: o Apóstolo dos Gentios.
E o fato é que, naquele instante mesmo da aparição do
Mestre a Saulo, na estrada para Damasco, aparição em
forma de luz que o cegara momentaneamente, este mesmo
Saulo, agora Paulo, mudara de vida, e, de perseguidor,
tornara-se um divulgador do Cristo, do seu Evangelho, do
seu Amor.
Paulo, que, pela fé no Cristo, se retificara por
completo, e, mais tarde, ainda, se submetera, com
extrema coragem, aos seus cruéis verdugos que, em seu
desamor, o decapitaram covardemente.
Mas Paulo é, ainda, o nosso grande apóstolo:
“... esperança de uma raça, pela cultura e pela
mocidade, alvo de geral atenção em Jerusalém, QUE
VOLTOU, um dia, ao deserto para recomeçar a experiência
humana, como tecelão rústico e pobre”. (Vide: “Nosso
Lar” – André Luiz – FEB.)
E aclamava Paulo:
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais Eu,
MAS O CRISTO VIVE EM MIM; e a vida que agora vivo na
carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o Qual me Amou,
e se entregou a Si mesmo por Mim”. (Gálatas, 2-19.20).
Quem dera tivéssemos a fé de Paulo!
Quem dera tivéssemos a certeza do Cristo em nossas vidas
obscuras, trôpegas, muitas das vezes faltosas e
descrente das coisas divinas, do Cristo Jesus: o
Salvador.
Este mesmo Cristo que, aliás, não cumprira ainda toda a
sua missão para conosco, os filhos pródigos, e que,
pois, o Divino Mestre segue, ainda, sua jornada na cruz,
pois que sofreu e sofre por nós, enquanto não cumprir,
no Todo, Sua Grandiosa e Divina Missão de nos reconduzir
ao Pai, nosso Amoroso Criador, que espera do filho um
pouco, mas, pelo menos, um pouquinho que seja, do nosso
amargo amor!
Quem sabe, um dia, nós seremos verdadeiros cristãos e
não mais amantes egoístas de nós mesmos, mas sim:
altruístas do próximo, nosso carente, nosso irmão!?
Façamos como Paulo, meus queridos:
Tratemos de recomeçar nossa experiência humana ainda
hoje, antes que seja tarde demais!
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