Escola bendita
Quem vê a Terra de longe
Nota que o Orbe no Espaço
Recorda um comboio de aço
Varando os céus na amplidão;
Em trilhos de mar e terra,
Conquanto em linha disforme,
Formando o comboio enorme
Cada cidade é um vagão.
Contemplo esse trem-escola,
Conduzindo várias classes,
Em salões de muitas faces,
Cada pessoa é aprendiz;
Todo viajor nessa nave,
Em nome da Luz Divina,
Luta, sofre e raciocina,
Aprendendo a ser feliz.
Cada qual em seu refúgio,
Seja palácio ou choupana,
Recebe da escola humana
As lições do Eterno Bem;
Cada aluno está restrito
Ao progresso em que se marca,
Até que, enfim, desembarca
Nas plataformas do Além.
Alma querida, prossegue
No educandário sublime,
Que nada te desanime
Nos dias de prova e dor…
Quem conquista as notas altas
Quem mais se alteia e merece
É quem mais serve e se esquece
Na sementeira do Amor.
Do livro A Vida Conta, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.