Que despertas?
No nosso dia a dia em contato com nossos semelhantes,
vamos influenciando e sendo influenciados por atitudes,
exemplos e ideias, que podem interferir na nossa vida,
nos nossos pensamentos, em nossos caminhos e dos nossos
semelhantes, sendo dessa forma necessário nesse momento
da nossa caminhada de vida, rever valores e verdades,
assim como crenças, para reconstrução de um novo
formato, um novo modelo de vida.
Numa sociedade globalizada e informatizada, rapidamente
as notícias se propagam de um lado para o outro do
planeta em tempo real, porém nem todos exemplos que
recebemos ou replicamos são atitudes prudentes para
construção de um mundo de regeneração.
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” - Paulo
(II Tessalonicenses, 3:13.)
Percebemos pelos meios de comunicação o forte impacto
que a conduta e o exemplo podem ter em nossas vidas,
pois como diz um antigo provérbio: “As
palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”, principalmente
aqueles acertados, visando à prática do amor e da
caridade, semeando a boa vontade entre os jovens e as
crianças, auxiliando no progresso e na felicidade da
humanidade como um todo. É responsabilidade dos pais e
professores ensinarem dando bons exemplos para
construção da personalidade das crianças e jovens e
nesse momento lembrando as palavras de Emmanuel no
livro Pão Nosso, quando diz “Que
Despertas”.
O livre-arbítrio nos dá o direito de realizar as
escolhas que assim desejarmos, porém, se tivermos
orientação adequada e educação, teremos mais chances de
sucesso e menos atitudes imprudentes ao longo do nosso
caminho. Tornando-se mais fácil trilhar o caminho do
amor, do que o da dor, embora lembrando sempre que a
liberdade final de escolha será sempre nossa, de cada
um!
“A semeadura é livre, mas
a colheita é obrigatória.” (Gálatas 6-7-8 - Bíblia.)
Seremos eternamente responsáveis pelas escolhas que
realizarmos ao longo da nossa vida, dessa forma
poderíamos evitar a precipitação, buscando nos mais
velhos a orientação adequada, pois fica difícil retornar
ao ponto de origem e recomeçar, nem sempre teremos tempo
nessa mesma existência para refazer nosso caminho de
vida.
A inconstância dos jovens pode ser explicada pela falta
de experiência na atual encarnação, assim como ansiedade
em tomar determinadas escolhas antes do tempo acertado;
não podemos colher um fruto antes do tempo correto,
lembrando sempre que muitos desejam colher frutos de
sementes que nunca plantaram. O exercício da paciência é
fundamental para realizar a escolha acertada, com base
em exemplos edificantes.
“Mas, tendo sido semeado, cresce.” - Jesus. (Marcos,
4:32.)
Levando em conta que todos somos responsáveis pelas
nossas atitudes, o que não dizer dos exemplos que damos
aos mais jovens. Como os professores, que além de
ensinar um conteúdo escolar, precisam complementar o
processo de educação familiar, procurando orientar os
jovens para a vida, na escolha de uma profissão ou na
tomada de decisões, quando a família por diversos
motivos existenciais, não consegue dar conta de gerir a
subsistência e ao mesmo tempo promover a educação
profissional. Hoje já possuímos conhecimento suficiente
para ter a consciência de que somos formadores de
opinião e que nossas atitudes de alguma forma irão
influenciar as outras pessoas e seremos responsáveis
diretos ou indiretos pelas escolhas que os outros venham
a fazer em algum lugar, em algum momento;
“Porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é
levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.”
(Tiago, 1:6.)
Chegou o momento de examinarmos nossa consciência e
avaliarmos o desdobramento que nossos exemplos
despertaram nas pessoas por onde passamos. Nem sempre
damos um testemunho de boa vontade no anonimato de nossa
vida, pois, com as facilidades desse século, muitas
coisas se tornam públicas com muita facilidade e temos
que ter a redobrada preocupação em policiar nossos
pensamentos, nossas palavras e, acima de tudo, nossas
atitudes. Podemos ser o modelo de exemplo para os mais
jovens, que podem, por falta de orientação, utilizar
nossa infeliz escolha, como exemplo a ser seguido.
O preço, segundo os benfeitores espirituais, da
reparação das faltas cometidas envolverá em muitos dos
casos renúncia e doação, para conseguir reverter o dano
causado em uma nova ou até mesmo em duas ou três
encarnações, o equívoco que infelizmente recaímos. No
livro Céu e Inferno de Allan Kardec, vamos
encontrar muitas histórias de Espíritos que precisaram
de mais de uma encarnação para corrigirem os desvios de
comportamento que despertaram nas pessoas por onde
passaram!
O que despertamos nas pessoas que cruzam pelo nosso
caminho?
- Já paramos para pensar nisso?
Não podemos esquecer que somos Espíritos imperfeitos em
um mundo de provas e expiações e nos falta ainda
“elevação do senso moral”, para nos acharmos melhores do
que os outros que cruzam pelo nosso caminho. Como diz
André Luiz; “vamos tentar corrigir atitudes, enquanto
estamos a caminho da luz”.
Referências:
1) Xavier,
Francisco C. Pão Nosso. Pelo Espírito de
Emmanuel. FEB.
2) Kardec,
Allan. Céu e Inferno. FEB.
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