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por Martha Triandafelides Capelotto

 

Amor, saúde e paz


Aproxima-se o final de mais um ano, durante o qual estivemos na luta, na busca de melhores condições sociais, amorosas e espirituais.

Além do costumeiro desejo que exprimimos de termos saúde e paz, também desejamos que todos tenham saúde e paz, mais do que dinheiro e prosperidade. E por quê? Porque quem cultiva a paz, certamente vive melhor do aquele que se deixa arrastar pelas inquietações, pelas preocupações, que geram, ao longo do tempo, doenças de toda espécie.

Do mesmo modo, quando sentimos alegria e nos mantemos apaziguados, somos portadores da saúde real, mesmo quando tenhamos alguns distúrbios de funcionalidade.

Como a nossa saúde está intimamente atrelada aos nossos pensamentos, à maneira como desenvolvemos nosso comportamento emocional e mental, é imperioso que nos vigiemos. Quando bombardeamos o nosso campo mental com vibrações doentias, sentimentos mesquinhos, o equilíbrio fisiológico se ressente, impondo às células a perda de suas “memórias”, que acabam por gerar neoplasias de graves consequências. Como resposta, as glândulas suprarrenais liberam substâncias vigorosas na corrente sanguínea que atingem o sistema imunológico, nos expondo a graves desastres no conjunto orgânico.

Diante dessa situação que, infelizmente, a maioria vivencia, o único antídoto para o restabelecimento da saúde, é o amor.

Oportuno aqui é lembrar um trecho belíssimo extraído do livro “Ave Luz”, quando João, o discípulo do Amor, reunido que estava com Jesus e outros discípulos, tem uma experiência transcendental que o leva a experimentar uma forte emoção. Sua visão espiritual se abre e João passa a ver grandes personagens da História em perfeita conexão com o Cristo, guardando todos eles os mesmos interesses que era ajudá-lo na disseminação do Evangelho Redentor. O panorama que se desenrola era deslumbrante. A assembleia era composta de mais de três mil Espíritos e grande parte deles formada pelos mais ilustres que já pisaram a Terra. Emocionado às lágrimas, perguntava-se o que ele poderia fazer, sentindo a pequenez de suas possibilidades. Desculpando-se a Jesus pela forte emoção, levanta-se humildemente e pede ao Cristo que lhe explique o que é o Amor. O Nazareno, ereto e tranquilo, ajustando ao lugar em que se encontrava sentado, diz: - João, meu filho! Lembras-te do Amor, que faz lembrar Deus na sua glória. O Amor é a irradiação mais pura que poderemos perceber e é ele que sustenta a vida em todos os ângulos, todos os dons nas suas particularidades, todas as filosofias nos seus conceitos, todas as religiões na arte de educar, todas as ciências nos estímulos de curar, enfim, toda a vida na profusão infinita. Se não houver Amor, a pessoa vive sem existir, é uma peça na forma. Sem Amor desaparece a verdadeira vida. O Amor é o único nome que pode substituir Deus.

Nesse sentido, o Amor desempenha papel terapêutico relevante, por ensejar a produção de energias estabilizadoras e aminoácidos estimuladores em favor do equilíbrio psicofísico.

O Amor legítimo proporciona bem-estar, porque sua manifestação é estimuladora e pode levar à superação das dificuldades comuns nos relacionamentos fraternos, sociais, de trabalho, enfim, em todas as atividades realizadas.

Consequentemente, a saúde é um fator de significado relevante na expressão do amor e este, responsável pela vigência daquela.

Poder-se-ia argumentar que muitas pessoas boas, dedicadas ao bem, amorosas e harmônicas sofrem enfermidades desgastantes e dores vigorosas.

Porém, há que se esclarecer que, muitas dessas pessoas escolherem, antes do renascimento corporal, as situações penosas que vivenciam a fim de demonstrarem a excelência da sua fé e do ideal de que são portadoras.

Assim, no respeito natural por tudo e por todos, pelo cultivo dos bons sentimentos, teremos a saúde e a paz que desejamos para nós mesmos e para os outros.

Que no ano vindouro possamos ser mais amorosos, mais dedicados ao bem e mais convictos de que Deus está acima de tudo e de todos, banhando-nos de formas inimagináveis do mais puro amor.


  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita