Amor,
saúde e paz
Aproxima-se o final de
mais um ano, durante o
qual estivemos na luta,
na busca de melhores
condições sociais,
amorosas e espirituais.
Além do costumeiro
desejo que exprimimos de
termos saúde e paz,
também desejamos que
todos tenham saúde e
paz, mais do que
dinheiro e prosperidade.
E por quê? Porque quem
cultiva a paz,
certamente vive melhor
do aquele que se deixa
arrastar pelas
inquietações, pelas
preocupações, que geram,
ao longo do tempo,
doenças de toda espécie.
Do mesmo modo, quando
sentimos alegria e nos
mantemos apaziguados,
somos portadores da
saúde real, mesmo quando
tenhamos alguns
distúrbios de
funcionalidade.
Como a nossa saúde está
intimamente atrelada aos
nossos pensamentos, à
maneira como
desenvolvemos nosso
comportamento emocional
e mental, é imperioso
que nos vigiemos. Quando
bombardeamos o nosso
campo mental com
vibrações doentias,
sentimentos mesquinhos,
o equilíbrio fisiológico
se ressente, impondo às
células a perda de suas
“memórias”, que acabam
por gerar neoplasias de
graves consequências.
Como resposta, as
glândulas suprarrenais
liberam substâncias
vigorosas na corrente
sanguínea que atingem o
sistema imunológico, nos
expondo a graves
desastres no conjunto
orgânico.
Diante dessa situação
que, infelizmente, a
maioria vivencia, o
único antídoto para o
restabelecimento da
saúde, é o amor.
Oportuno aqui é lembrar
um trecho belíssimo
extraído do livro “Ave
Luz”, quando João, o
discípulo do Amor,
reunido que estava com
Jesus e outros
discípulos, tem uma
experiência
transcendental que o
leva a experimentar uma
forte emoção. Sua visão
espiritual se abre e
João passa a ver grandes
personagens da História
em perfeita conexão com
o Cristo, guardando
todos eles os mesmos
interesses que era
ajudá-lo na disseminação
do Evangelho Redentor. O
panorama que se
desenrola era
deslumbrante. A
assembleia era composta
de mais de três mil
Espíritos e grande parte
deles formada pelos mais
ilustres que já pisaram
a Terra. Emocionado às
lágrimas, perguntava-se
o que ele poderia fazer,
sentindo a pequenez de
suas possibilidades.
Desculpando-se a Jesus
pela forte emoção,
levanta-se humildemente
e pede ao Cristo que lhe
explique o que é o Amor.
O Nazareno, ereto e
tranquilo, ajustando ao
lugar em que se
encontrava sentado, diz:
- João, meu filho!
Lembras-te do Amor, que
faz lembrar Deus na sua
glória. O Amor é a
irradiação mais pura que
poderemos perceber e é
ele que sustenta a vida
em todos os ângulos,
todos os dons nas suas
particularidades, todas
as filosofias nos seus
conceitos, todas as
religiões na arte de
educar, todas as
ciências nos estímulos
de curar, enfim, toda a
vida na profusão
infinita. Se não houver
Amor, a pessoa vive sem
existir, é uma peça na
forma. Sem Amor
desaparece a verdadeira
vida. O Amor é o único
nome que pode substituir
Deus.
Nesse sentido, o Amor
desempenha papel
terapêutico relevante,
por ensejar a produção
de energias
estabilizadoras e
aminoácidos
estimuladores em favor
do equilíbrio
psicofísico.
O Amor legítimo
proporciona bem-estar,
porque sua manifestação
é estimuladora e pode
levar à superação das
dificuldades comuns nos
relacionamentos
fraternos, sociais, de
trabalho, enfim, em
todas as atividades
realizadas.
Consequentemente, a
saúde é um fator de
significado relevante na
expressão do amor e
este, responsável pela
vigência daquela.
Poder-se-ia argumentar
que muitas pessoas boas,
dedicadas ao bem,
amorosas e harmônicas
sofrem enfermidades
desgastantes e dores
vigorosas.
Porém, há que se
esclarecer que, muitas
dessas pessoas
escolherem, antes do
renascimento corporal,
as situações penosas que
vivenciam a fim de
demonstrarem a
excelência da sua fé e
do ideal de que são
portadoras.
Assim, no respeito
natural por tudo e por
todos, pelo cultivo dos
bons sentimentos,
teremos a saúde e a paz
que desejamos para nós
mesmos e para os outros.
Que no ano vindouro
possamos ser mais
amorosos, mais dedicados
ao bem e mais convictos
de que Deus está acima
de tudo e de todos,
banhando-nos de formas
inimagináveis do mais
puro amor.