O espírito e
o corpo, o locutor e a rádio
Fui inspirado a fazer esta coluna, depois que li, no
interessante livro “Valor dos Sentimentos” de autoria do
cientista paulista, doutor em Química, Caruso Samel, a
matéria dividida em duas partes: “Uma teoria da mente 1”
e “Uma teoria da mente 2”. Esses dois textos foram
publicados antes, no jornal “A Razão”, do Racionalismo
Cristão da Filial do bairro Butantã de São Paulo, SP,
respectivamente, em julho e agosto de 2004. Porém, não
usaremos a riqueza de termos técnico-científicos de
Caruso, mas uma linguagem com exemplos simples ao
alcance dos leitores leigos, como eu, no assunto muito
complexo de que iremos tratar nesta coluna.
Os cientistas, de um modo geral, examinam e estudam a
matéria, ou as coisas visíveis. Mas uns se interessam
por estudar também as coisas invisíveis como o espírito,
as quais para a Física moderna, principalmente a
Quântica, são mais importantes do que as visíveis. São
Paulo já ensinava também isso (2 Coríntios 4:18). E como
dizemos sempre, há coisas que só se veem com
microscópio, telescópio e mediunidade (para a visão de
Espíritos e de fatos do futuro e do passado).
Muitas coisas são ditas de modo impróprio. Falamos que a
água de nossa casa vem da caixa d’água, do cano ou da
torneira. Na verdade, ela vem da represa. Suas origens
não se confundem com os meios de ela chegar até nós.
Digamos, pois, corretamente que a água de nossa casa vem
da represa tal, através dos canos e das torneiras...
Fala-se muito que o homem vem do macaco. Mas a sua
origem material inicial é a terra, ou os sais minerais
dela, com uma porcentagem bem grande de água, o que,
inclusive, está de acordo com a Bíblia: O homem (uma
referência ao corpo) vem do barro... E assim, com mais
clareza, devemos dizer também que o homem não vem do
macaco, mas através do macaco, como diz Huberto Rohden.
Segundo Caruso, os cientistas da mente ficam
encabulados, ao admitirem a hipótese de que ela estaria
no cérebro. De fato, não podemos confundir a origem duma
coisa com os meios que a fazem chegar ao nosso
conhecimento. O espírito não é o cérebro, como o locutor
não é a emissora de rádio. A inteligência e as ideias
vêm do espírito (mente) e se manifestam através do
cérebro como a voz do locutor vem do locutor, mas se
manifesta a nós pela rádio. Alguns cientistas consideram
a mente como sendo o espírito. Por isso, colocamos mente
entre parênteses depois de espírito. Mas não é bem isso.
A mente é uma manifestação do Espírito e jamais ela
existiria sem ele, mas é solta sem um lugar determinado
no espaço, e manifesta-se, também, através do cérebro.
De sete em sete anos, todas as nossas células são
substituídas. Assim, as nossas lembranças da infância
vêm-nos através do cérebro. Se fossem o próprio cérebro,
elas não existiriam mais...
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