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por Martha Triandafelides Capelotto

 

Provas da existência do perispírito


Em outra oportunidade escrevemos um pouco sobre o corpo psicossomático, ou espiritual, ou ainda, como nós espíritas chamamos, corpo perispiritual, como sendo um tema absolutamente relevante para que outras questões possam ser melhor compreendidas, tais como, a reencarnação, curas espirituais, consequências de nossos atos viciosos, suicídio, aborto etc.

Cada vez mais a ciência avança para o conhecimento do homem, em sua integralidade, e a comprovação da existência desse corpo mais sutil trará elementos que poderão justificar o que ainda não é compreendido pela grande maioria de nós.

Segundo orientação trazida por Léon Denis, no magnífico livro de sua autoria, “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, “...esse corpo sutil, essa duplicação fluídica existe em nós no estado permanente. Embora invisível, serve, entretanto, de molde ao nosso corpo material.  Este não representa, no destino do ser, o papel mais importante. O corpo visível, o corpo físico, varia. Formado de acordo com as necessidades da vida terrestre, é temporário e perecível; desagrega-se e dissolve-se quando morre. O corpo sutil permanece; preexistindo ao nascimento, sobrevive às decomposições da campa e acompanha a alma nas suas transmigrações. É o modelo, o tipo original, a verdadeira forma humana, à qual vêm incorporar-se temporariamente as moléculas da carne”.

Assim, diante desse entendimento, podemos dizer que a ciência fisiológica, a que escapa ainda à maior parte das leis da vida, entreviu, no entanto, a existência do perispírito ou do corpo fluídico, que é ao mesmo tempo o molde do corpo material, o vestuário da alma e o intermediário obrigatório entre eles. (Nota de rodapé, pág. 57, Ed. 15ª, da obra acima citada). Sem a noção do corpo fluídico, a união da alma com o corpo material torna-se incompreensível.

A comprovação da existência do perispírito pode ser, segundo o autor acima citado, dividida em objetivas e subjetivas. Desse modo teremos, entre as objetivas, o desenvolvimento ontogênico, a materialização, o desdobramento, a fotografia transcendente, a transfoto, exteriorização da sensibilidade e, entre as subjetivas, a sensação de integridade, percepção extracorpórea e a vidência.

Todos esses termos, para muitos, são absolutamente desconhecidos, porém, desde há muito tempo, têm sido objeto de estudos de grandes nomes da ciência, de homens sérios, de pesquisadores da mais alta categoria, que trouxeram e continuam a trazer importantes constatações que corroboram a existência do corpo perispiritual. Podemos citar para aqueles que desejarem pesquisar e, igualmente, poderem se certificar da conclusão desses estudos, os nomes de alguns deles, já que o espaço é insuficiente para nominá-los na íntegra:  Sir John Lubbok, da Royal Society, Henry Lewes, hábil fisiologista, Huxler, Wallace, Crookes, Charles Richet (1850-1935), Albert Schrenk Notzing (1862-1929), Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Alexandre Aksakof, Albert Coste, Violet Tweedale, Hernani G. Andrade, Carlos de Brito Imbassahy, Matthieu Tubino, Camille Flammarion, W. J. Crawford, e, em obras mediúnicas, o Espírito de André Luiz, Irmão Jacob, dentre outros.

Também como sugestão para estudo, menciono o livro intitulado “Perispírito”, de Zalmino Zimmermann, com conteúdo suficiente para dirimir dúvidas, das mais simples às complexas.

Desse modo, penso que o momento em que estamos vivendo, de pleno avanço científico e tecnológico, não há mais espaço para o ceticismo sem fundamento, assim como o apego a dogmas pueris e infantis no trato das questões do ser. Precisamos urgentemente buscar respostas em fontes seguras, provenientes dos estudos desses verdadeiros cientistas que, despojados do orgulho, do preconceito, dos rótulos religiosos, visam tão somente a desvendar os enigmas que permeiam a nossa existência.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita