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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Renunciar para avançar


“Nos interesses da alma, não desdenhes a própria renúncia.” (Dicionário da Alma, pág. 287, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.)


A renúncia antes de tudo é um ato de coragem. Quem renuncia abre mão de algo que possa de alguma forma lhe ser útil, mas optou por um objetivo em que se sinta melhor... Essa prática quando desinteressada e que não prejudique outrem, advém do discernimento que a análise prévia lhe facultou escolher.

A inteligência que Deus nos deu necessita sempre estar no curso do progresso para que alcemos patamares superiores de conhecimento e aprimoramento. Pelo raciocínio lógico não encontraremos outro caminho para a alma que não seja instruir-se e expandir-se na aquisição de novas experiências. No livro Deus e Universo, de Pietro Ubaldi, pág. 85, temos: “Em cada ato nosso, através da escolha que soubermos fazer, amadurece o nosso ser e avança a grande marcha da evolução”.

É com essa visão que nossos horizontes serão ampliados para as realidades ainda envoltas em nossa nebulosa ignorância. Perscrutar e perseverar nesse objetivo são necessidades para entendermos o feliz despertamento que nos chega e que precisamos acurar maiores cuidados visando às conquistas alvissareiras. Quando Jesus disse, conforme João, 14:6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”, instou-nos para que esses valores fossem buscados por todos nós.

Encontramos no livro Convites da vida, Cap. 3, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis: “No torvelinho agressivo do dia a dia é mister crescer na direção da vitória, libertando-te das paixões que coarctam as aspirações elevadas”.

Esse labor diuturno precisa, antes de tudo, da vontade. Daí em diante, o esforço e dedicação serão as ferramentas próprias de cada um para encetar o grandioso trabalho que nos levará à redenção, objetivo maior do Espírito imortal. Os percalços sempre estarão presentes na busca do horizonte de luz. O mérito será tão maior quanto tenham sidas as dificuldades vencidas, onde o regozijo interior só será suplantado pela Glória do Criador ao ver seu filho em plena felicidade.

Assim, a renúncia corresponde à união das nossas forças interiores que nos impulsionam para um objeto nobre, levando-nos a níveis espirituais próprios aos degraus evolutivos que almejamos. Sejamos fortes e perseverantes nesse propósito, superando os desafios da vida, para que possamos valorizar a recompensa do trabalho incessante e profícuo que tivermos nessa jornada reencarnatória. (Por mais que sejam tortuosos os caminhos, um dia todos nós estaremos alinhados na direção de Deus.)

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita