Renunciar para avançar
“Nos interesses da alma, não desdenhes a própria
renúncia.” (Dicionário
da Alma, pág. 287, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, pelo Espírito André Luiz.)
A renúncia antes de tudo é um ato de coragem. Quem
renuncia abre mão de algo que possa de alguma forma lhe
ser útil, mas optou por um objetivo em que se sinta
melhor... Essa prática quando desinteressada e que não
prejudique outrem, advém do discernimento que a análise
prévia lhe facultou escolher.
A inteligência que Deus nos deu necessita sempre estar
no curso do progresso para que alcemos patamares
superiores de conhecimento e aprimoramento. Pelo
raciocínio lógico não encontraremos outro caminho para a
alma que não seja instruir-se e expandir-se na aquisição
de novas experiências. No livro Deus e Universo,
de Pietro Ubaldi, pág. 85, temos: “Em cada ato nosso,
através da escolha que soubermos fazer, amadurece o
nosso ser e avança a grande marcha da evolução”.
É com essa visão que
nossos horizontes serão ampliados para as realidades
ainda envoltas em nossa nebulosa ignorância. Perscrutar
e perseverar nesse objetivo são necessidades para
entendermos o feliz despertamento que nos chega e que
precisamos acurar maiores cuidados visando às conquistas
alvissareiras. Quando Jesus disse, conforme João, 14:6:
“Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”,
instou-nos para que esses valores fossem buscados por
todos nós.
Encontramos no livro Convites da vida, Cap. 3,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito
Joanna de Ângelis: “No torvelinho agressivo do dia a dia
é mister crescer na direção da vitória, libertando-te
das paixões que coarctam as aspirações elevadas”.
Esse labor diuturno precisa, antes de tudo, da vontade.
Daí em diante, o esforço e dedicação serão as
ferramentas próprias de cada um para encetar o grandioso
trabalho que nos levará à redenção, objetivo
maior do Espírito imortal. Os percalços sempre estarão
presentes na busca do horizonte de luz. O mérito será
tão maior quanto tenham sidas as dificuldades vencidas,
onde o regozijo interior só será suplantado pela Glória
do Criador ao ver seu filho em plena felicidade.
Assim, a renúncia corresponde à união das nossas forças
interiores que nos impulsionam para um objeto nobre,
levando-nos a níveis espirituais próprios aos degraus
evolutivos que almejamos. Sejamos fortes e perseverantes
nesse propósito, superando os desafios da vida, para que
possamos valorizar a recompensa do trabalho incessante e
profícuo que tivermos nessa jornada reencarnatória. (Por
mais que sejam tortuosos os caminhos, um dia todos nós
estaremos alinhados na direção de Deus.)
|