Joias da poesia
contemporânea

Autor: Milton da Cruz

 

Avisos da jornada

 

Provação a que me entrego

Sob evidente embaraço:

Em tudo aquilo que prego

Tropeço no que não faço.

 

Uma dupla singular

Que arroja luz ao porvir:

Esquecer-se e trabalhar,

Trabalhar para servir.

 

A culpa seja qual for

Só se esvai quando se troca

Pelo remédio da dor

Da doença que provoca.

 

Para a jornada segura

Não olvides, companheiro,

Que todo lugar de altura

Revela um despenhadeiro.

 

Quando a luta desagrade

Mais amor se mostre à vista,

Contra a luz da caridade

Não há treva que resista.

 

Do livro Chão de Flores, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita