Diante dos
outros
“Um novo
mandamento vos
dou: que vos
ameis uns aos
outros.” -João,
13:14.
Esta passagem do
Evangelho é
pequenina, mas,
por isso mesmo,
incisiva, que
nos coloca
diante do
problema
fundamental do
Cristianismo.
Quando João
registra essas
palavras de
Jesus, “um
novo mandamento
vos dou: que vos
ameis uns aos
outros”, Ele,
na verdade, nos
coloca diante de
um problema que
resolveria todos
os problemas
humanos.
Ainda hoje, na
Terra, temos
muita
dificuldade para
o encaminhamento
da nossa vida,
para que o homem
seja feliz, para
que a criatura
humana possa ter
tranquilidade e
segurança. Se
isso ainda
acontece é
porque não
aprendemos a
amar os nossos
semelhantes no
sentido que o
Cristo nos ama e
nos amou. Este é
o princípio
fundamental do
Evangelho que
Jesus nos
oferece para a
nossa
compreensão
espiritual.
Desta forma,
nosso Criador
estabeleceu a
cooperação como
princípio dos
mais nobres no
centro das Leis
que regem a
vida.
Em qualquer
parte, o homem
não pode agir
isoladamente, em
se tratando da
obra de Deus que
se aperfeiçoa em
todos os
lugares. E
ninguém pode
fugir à
convivência da
humanidade
porque “quem
se encastela no
próprio
espírito, é como
um poço de água
parada que
envenena a si
mesmo”. (O
Espírito da
Verdade, lição
100.)
Precisamos uns
dos outros para
sermos quem Deus
quer que
sejamos. No
mundo, o outro é
o companheiro de
experiência,
seja na taça da
simpatia ou na
taça da aversão.
O outro é pedaço
da nossa
história,
retratista de
nossos atos,
espelho de
nossas
aquisições,
reflexo de nós
mesmos. Para
isso,
sintamo-nos na
posição deles,
no
compartilhamento
da luta diária.
Em casa, é quem
nos comunga a
faixa doméstica.
Ele pode
chamar-se pai ou
filho; no
caminho, pode
denominar-se
amigo ou
camarada de
ideal.
No recanto mais
humilde,
encontraremos um
companheiro de
esforço, e em
cada um desses
companheiros de
jornada,
observamos uma
oportunidade de
atender ao
programa divino,
acerca da nossa
existência,
exercendo a
fraternidade.
O amor é o clima
adequado ao
entrelaçamento
de todos os
seres da criação
e, somente
através dele,
integrar-nos-emos
na sinfonia
excelsa da vida.
Se amarmos a
Deus no irmão
que nos entende
e ajuda, não nos
esqueçamos de
honrá-lo e
querê-lo no
irmão que,
ainda, não nos
pode amar.
No fundo, há um
só Pai, que é
Deus, e uma
grande família
de que se compõe
a irmandade
universal.
Assim,
santifiquemos os
laços que Jesus
promoveu a bem
de nossa alma e
de todos os que
nos cercam.
Porém,
precisamos
entender que
cada criatura
respira em faixa
diversa de
evolução,
segundo as leis
do Criador. Deus
não dá cópia.
A palavra da Boa
Nova não se
reporta aos
companheiros
amados, felizes,
que já
solucionaram
conosco as
questões de
harmonia mental,
e, sim, aos que
respiram em
nossa atmosfera,
exigindo auxílio
fraterno seguro.
Se a tarefa
apresenta
obstáculos,
recordemo-nos
das inúmeras
vezes em que o
Cristo já
aplicou
misericórdia ao
nosso Espírito.
Isso atenua as
sombras do
coração,
dando-nos nova
ocasião de
santificar e
aprender como
assevera o
Mestre: “não
devias, tu,
igualmente, ter
compaixão do teu
companheiro,
como eu, também,
tive
misericórdia de
ti?” (Mateus,
18-33)
Assim, se o
Eterno
encaminhou ao
nosso ambiente
um companheiro
menos desejável,
tenhamos
compaixão,
ensinemos
sempre, elevando
os que nos
rodeiam.
É justo nos
determos na
companhia
daqueles que
sentem e pensam
como nós,
usufruindo os
valores de
afinidade;
entretanto,
sempre que
amamos alguém
que não comunga
a onda de nossas
ideias e
emoções,
abstenhamo-nos
de lhe violentar
a cabeça com os
moldes em que
nos padroniza a
vida espiritual.
Mas atendamos o
apelo da
fraternidade,
abrindo a
própria alma às
manifestações
generosas para
com todos os
seres, sem
trancar-nos na
torre das falsas
situações
perante o mundo.
Muitas vezes, a
pretexto de
viver com
dignidade,
caminhamos
indiferentes ao
passo dos nossos
semelhantes.
Todavia, não nos
esqueçamos de
que enfermos,
graves da alma,
todos nós fomos
ontem. Rendamos,
pois, graças a
Deus, se já
podemos prestar
auxílio, porque
se chegamos ao
grau de
restauração em
que nos
encontramos, é
que decerto
alguém caminhou
pacientemente
conosco, com
bastante amor de
servir e muita
coragem de
suportar.
Busquemos,
então,
relacionar-nos
com as pessoas
de todos os
níveis sociais,
tendo amigos
além das
fronteiras do
lar, da fé
religiosa e da
profissão, dando
atenção a quem
nos pede, sem
criar
empecilhos.
Socorramos a
todos através do
bem efetivo e
incessante.
Vibremos
pensamentos de
amor para os
irmãos que
buscam a nossa
companhia,
sonhando a
renovação,
alimentando a
esperança de
novo recomeço.
Junto ao nosso
coração
surpreenderemos
os que parecem
residir em
regiões morais
diferentes.
Entes amados
desertores da
estrada, amigos
queridos que
abraçam
perigosas
experiências.
Diante desses,
que se nos
afiguram
desnorteados,
estendamos o
coração e as
mãos para
auxiliar, pois,
estamos todos no
caminho da
evolução e,
segundo
afirmação do
nosso Mestre
divino, com a
medida com que
tivermos medido,
nos hão de medir
a nós.
Não nos
esqueçamos de
que ninguém é
ignorante porque
o deseje e,
estendendo
fraternos braços
aos que respiram
atribulados na
sombra,
diminuiremos a
penúria que se
extinguirá por
fim, no mundo.
Quando cada
consciência se
ajustar à
obrigação de
servir sem mágoa
e sem exigência,
na certeza de
que apenas
amando e
auxiliando, sem
reclamar, é que
permaneceremos
felizes na
ascensão para o
Alto.
O irmão
iluminado e
bondoso em si já
apresenta uma
obra viva do
Pai, através da
qual O
conhecemos e
admiramos; o
irmão ignorante
e infeliz,
porém, é uma
obra que o céu
nos convida a
amparar e
embelezar, no
rumo da
perfeição em
nome do Todo
Misericordioso.
Roguemos ao Pai
que nos ensine a
encontrar a paz
na luta
construtiva, o
repouso no
trabalho
edificante, o
socorro na
dificuldade e o
bem nos supostos
males da vida, a
fim de
diminuirmos a
sombra do outro.
Bibliografia:
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Livro dos
Médiuns –
59ª edição –
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Rio de Janeiro –
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XAVIER,
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XAVIER,
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