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por José Reis Chaves

Há muitos cristãos de fachada, só batizados


Primeiramente, agradeço ao conhecido médium Divaldo Franco pelos parabéns pela minha coluna: “As duas evoluções: espiritual e intelectual” em O TEMPO, de 24-1-2022. Divaldo já psicografou cerca de 400 obras, com várias já traduzidas para 20 outras línguas, e é o maior palestrante espírita do mundo, com palestras em mais de 60 países, inclusive, na Câmara dos Deputados e na ONU.

Afirma-se muito que, para ser cristão, o indivíduo tem que ser batizado. Mas os que são batizados e não vivenciam o ensino evangélico de amor incondicional, até para com os inimigos, não são cristãos verdadeiros. E todas as religiões evoluem no amor a Deus e ao próximo.

Javé, o Deus dos judeus, era vingativo contra os que não lhe eram fiéis. Mais tarde, o Deus de Moisés já era um Deus de amor, o dos Dez Mandamentos. E para o excelso Mestre, Deus é tão amoroso conosco, que já é chamado de Pai, Dele, e de todos nós.

Abaixo, exemplos da Regra Áurea de Religiões (adaptação do “Diálogo Religião e Cultura das Paulinas”):

Hinduísmo de Krishna, na Índia, há 5.000 anos: Não faças aos demais aquilo que não queres que seja feito a ti; e deseja também para o próximo aquilo que desejas e aspiras para ti mesmo. Essa é toda a Lei, atenta bem para isso.

Judaísmo de Moisés, há 3.400 anos, na Palestina e no Egito: Não faças a outrem o que abominas que se faça a ti. Eis toda a Lei. O resto é comentário.

Zoroastrismo de Zoroastro, há 2.600 anos, na Pérsia: Aquilo que é bom para qualquer um e para todos, para quem quer que seja – isso é bom para mim... O que julgo bom para mim mesmo, deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é verdadeira Lei.

Budismo de Buda, há 2.500 anos, no Nepal e na Índia: Todos temem o sofrimento, e todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor. 

Cristianismo, Jesus Cristo, há 2 mil anos, na Palestina: Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isso é a Lei e os Profetas. (Mateus 7: 12).

Tradição Iorubá, há 1.200 anos, na África: Sempre que alguém quebrar um galho na floresta, deve pensar como se sentiria se ele próprio fosse o galho que está sendo quebrado.

Islamismo, Maomé, há 1.400 anos, na Arábia: Nenhum de vós é um verdadeiro crente, a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo.

Fé Bahá’Í, Bahá’u’lláh. Bahá’u’lláh, há 150 anos, na Pérsia e na Palestina: Ó filho do homem!... se teus olhos estiverem volvidos para a justiça, escolhe tu, para teu próximo, o que para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio. (Palavras do Paraíso: Terceira e Décima Folha do Paraíso).

Não ponhais sobre nenhuma alma uma carga da qual vós não desejaríeis ser incumbidos, nem desejeis para pessoa alguma as coisas que não desejaríeis para vós mesmos. É este meu melhor conselho a vós, que fôsseis apenas observá-lo.

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita