A
angelitude em nós
Todo ser humano está no
rumo da angelitude. É
bem verdade que nossa
humanidade se
caracteriza pelas nossas
imperfeições, pelo
predomínio dos instintos
inferiores, que são na
verdade os resíduos da
nossa animalidade
milenar ainda impregnada
na nossa constituição
psicossomática.
Graças à Doutrina
Espírita, conseguimos
esconder o processo de
lapidação que se
desenvolve em nós
através de sucessivas
reencarnações, mas só
isso não basta e se faz
mister que devamos
ajudar esse processo de
burilação a que cada um
está sujeito.
O observador atento
poderá verificar a
realidade dessa
afirmativa porque, senão
vejamos: toda criatura
humana está disposta
numa escala progressiva
que vai do malfeitor ao
santo. Isso é lei, lei
da evolução.
Claro que tudo isso tem
muito a ver em grande
parte como esforço
evolutivo nessa
condição, até porque, só
cabe a nós,
rigorosamente, o
apressamento ou o
retardo da nossa própria
evolução espiritual.
Deus, contudo, oferece à
criatura imperfeita a
oportunidade do serviço
no bem, a fim de
acelerar a sua caminhada
rumo à luz da perfeição.
Furtar-se ao cumprimento
do dever alegando as
imperfeições naturais
que todos carregamos é
prova do nosso comodismo
irresponsável, previsto
pelo Cristo, em seu
Evangelho: "Quem se
apegar à sua vida
perdê-la-á, mas quem
perder por amor a mim
salvá-la-á".
O apego à vida material
é puro comodismo que
caberá ao sofrimento
cuidar com a vergasta da
dor, mais dia, menos
dia. Não somos anjos,
tão pouco estamos na
Terra fazendo o
vestibular para tal, mas
trazemos as
potencialidades da
angelitude que nos cabe,
como Espíritos Eternos
da Criação Divina.
Só o exercício voltado
ao bem comum conduzirá
todas as criaturas ao
caminho da angelitude.
Se não queremos entender
essa verdade meridiana,
o lapidário que nos é
imanente será chamado
não pela nossa vontade,
mas pela vontade da Lei.
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