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por Cláudio Bueno da Silva

 

A cooperação como forma de transformar


O homem é um ser social, gregário por natureza. Chamado a viver em sociedade, tira daí os elementos de progresso que o farão avançar em inteligência e moralidade.

A imensa maioria dos homens vai, conscientemente ou não, progredindo e fazendo progredir os seus pares, na troca de valores ininterrupta que a convivência proporciona.

A interdependência entre os seres é uma lei divina (Lei de sociedade). Nenhuma pessoa é autossuficiente a ponto de dispensar o concurso direto ou indireto de outra.

Onde quer que atue ou o que quer que faça durante a vida, o homem se beneficia do trabalho material ou intelectual já realizado por outrem. Isso evidencia uma rede formidável de cooperação entre as pessoas.

Essa cooperação pode se manifestar automaticamente, sem participação direta, como o pão que se come no café da manhã, a roupa que se veste para sair, o carro, o livro, a ferramenta que se usa, enfim, uma infinidade de coisas que nos chegam às mãos para nossa utilização, sem que se pense, por conta do automatismo, nos processos inumeráveis de cooperação tácita entre os homens.

A cooperação pode ser também consciente, derivada de uma decisão da vontade para atingir determinados objetivos: o filho que arruma o seu quarto antes de ir para a escola; o marido que faz as compras no supermercado; a esposa e mãe que passa a roupa da casa; são ações cooperativas que visam à harmonia e ao bem-estar em família. Assim também entre os funcionários de uma empresa, onde a cooperação de todos é vital para que se atinjam metas e resultados, bem como em qualquer agrupamento humano.

No caso específico dos espíritas e seu movimento, a cooperação tem valor inestimável, pois o seu trabalho é todo realizado em regime de voluntariado, de gratuidade, pautado no sentimento de amor ao próximo.

Muitas pessoas conhecem o Espiritismo através do centro espírita. Beneficiadas ali de algum modo, e conscientizadas de uma nova realidade, surge nelas a motivação para colaborar. O fato de terem compreendido a importância da cooperação, fazem-nas produzir com amor e responsabilidade coisas muito úteis ao próximo.

Assumindo tarefas, o trabalhador do centro espírita sente prazer no que faz e reconhece a importância da sua participação no movimento em busca de resultados coletivos. Para ele, servir à sociedade através do centro espírita não é uma obrigação, mas uma satisfação pessoal, uma fonte de gratificação moral. Enquanto trabalha, desenvolve habilidades convivendo com a diversidade de caracteres que compõem o quadro social.

Jesus deu uma lição de cooperação quando, mesmo sendo sábio e capaz, escolheu apóstolos para auxiliá-lo. Embora com personalidades diferentes, todos eles se predispuseram a trabalhar para que as ideias novas chegassem às pessoas.

Portanto, se você se tornou espírita porque procurava um sentido para a sua vida; se você percebeu que ser espírita, além de aprimorar-se individualmente, é ser agente das mudanças que o Espiritismo deve promover na sociedade, parabéns, você compreendeu o objetivo da filosofia espírita e resolveu colaborar com a transformação que ela propõe.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita