Agora é o dia
Escuta, meu irmão, agora é o dia
Em que a Bênção Celeste nos coroa
Convidando à tarefa clara e boa
De espalhar a alegria.
Desce do altar caseiro a que te elevas
E acende sobre a noite de quem chora
Uma réstia de aurora,
Adelgaçando as trevas…
Assinala, mais perto,
De coração fiel, amigo e atento,
O dorido lamento
Dos que passam clamando no deserto.
É a miséria sem lar vagando além,
A ignorância, torva e envilecida,
A criança perdida
E o doente cansado sem ninguém…
Desce do pedestal nobre e sublime
Em que a glória da fé te ilustra o nome,
Trazendo o pão onde se estenda a fome
E a luz de Deus onde corveje o crime.
Sobre o abismo das lágrimas debruça
O coração tranquilo e consolado
E encontrarás Jesus crucificado
Em cada peito humano que soluça…
Em ti que trazes, rútilo e fecundo,
O brasão do Evangelho na alma ardente
Recai o privilégio onipresente
De revelar o Cristo sobre o mundo!
Escuta, meu irmão, agora é o dia
Em que a Bênção Celeste nos coroa,
Convidando à tarefa clara e boa
De espalhar a alegria…
Do livro Correio Fraterno,
obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Nesta obra o nome do poeta aparece diferente: José
Tatagiba.