Até quando irão as extravagâncias
humanas?
Desde meados do século XIX, notícias objetivas trazidas
do mundo espiritual dão conta de que a humanidade deve
avançar no terreno das suas conquistas evolutivas,
agregar à inteligência os valores morais que ainda não
desenvolveu.
Esse recado dos Espíritos, de caráter universal, parece
chocar-se com a realidade da Terra, palco de episódios
trágicos e dolorosos que elevam, a níveis altamente
preocupantes, a segurança, a paz e a liberdade dos seus
habitantes.
Sem nenhuma intenção gratuita de expor as mazelas morais
dos homens, já fartamente expostas em livros, filmes e
noticiários gerais desde sempre, o fato é que as
características predominantes no ser humano depreciam
severamente a sua orgulhosa civilização.
Se olharmos somente os últimos 150 anos veremos duas
guerras mundiais e centenas de outras regionais;
conflitos e perseguições políticas, raciais e religiosas
a indivíduos e povos; insultos à mulher e à infância;
agressões sistemáticas ao meio ambiente; violência
impiedosa contra os animais; ditaduras sanguinárias,
terrorismo, espionagem internacional, golpes, saques,
violação de direitos e uma série interminável de
calamidades articuladas pela mente doentia do homem. É
um repertório de maldades bem expressivo para uma
espécie que se diz racional e da qual grande parte ainda
presume viver sozinha no universo.
Até quando irão as extravagâncias humanas nesse nível?
Segundo as informações do além, Deus, sem confiscar o
livre-arbítrio que deu a cada um, convoca os homens a
uma mudança categórica. Nesse sentido inaugurou-se na
Terra, por volta dos anos 1857, mais um plano geral para
a renovação dos valores humanos: o Espiritismo.
A proposta essencial desse programa se refere ao
progresso ético-moral. Como os agentes dessa renovação
serão os próprios homens, cheios de imperfeições ainda,
é de se esperar que a mudança chegue devagar, no ritmo e
intensidade da compreensão que têm do que precisa ser
modificado.
Aos poucos os homens se darão conta de que fazer o bem
compensa. O respeito, a indulgência e a caridade serão
elementos naturais do seu dia a dia. O bom senso fará
parte das suas decisões. A arte sem transigências
contemplará o bem e o belo, a ciência será guiada também
pelo sentimento, não só pela razão. E o tempo... o tempo
será para sempre um aliado na busca do progresso
espiritual contínuo.
Os Espíritos afirmam também que os efetivamente maus
deixarão a Terra, e que Espíritos adiantados
reencarnarão por aqui para ajudar a pobre humanidade a
avançar.
Cremos que essa ideia faça sentido, mas
independentemente dela, só chegaremos a bons resultados
se tomarmos consciência de que devemos colaborar para a
implantação da verdade, da justiça e do amor neste
planeta.
Não duvidamos de que os planos de Deus sejam para a
felicidade das suas criaturas, mas temos que fazer a
nossa parte.
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