A vida continua... O suicídio não é
opção!
Os tempos são de dificuldade a todos os níveis, numa
sociedade materialista, onde o orgulho e o egoísmo ainda
imperam. Na sua busca desenfreada pelo materialismo, o
homem perde o Norte, perante a abrupta crise gerada a
nível mundial. Na iminência de falência financeira,
muitas vezes busca o suicídio: em vão, pois está provado
que a vida continua além da morte do corpo de carne.
Quando Allan Kardec
(respeitado sábio francês do século XIX) pesquisou e
compilou os fenómenos espíritas, apresentou as suas
pesquisas sob a forma de cinco livros (O
Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,
A Génese, O Céu e o Inferno e O Livro dos Médiuns).
Até então, acreditava-se ou não na imortalidade do
Espírito conforme a religião que se professasse.
A partir das pesquisas espíritas, Allan Kardec
demonstrou experimentalmente a imortalidade do Espírito,
com tantas provas, que seria aqui impossível
enumera-las, quanto mais abranger toda a sua pesquisa.
A partir do lançamento de “O Livro dos Espíritos”,
em 1857, em Paris, França, deixou de ser necessário
acreditar na vida além da morte, pois já havia toda uma
metodologia científica que provava essa realidade.
Qualquer pesquisador, nacional ou estrangeiro, espírita
ou não, crente ou não, que experimente, usando a
metodologia espírita que está inserida em “O Livro
dos Médiuns”, chega inevitavelmente aos mesmos
resultados, demonstrando assim a universalidade dos
ensinos dos Espíritos, bem como a realidade da
imortalidade do ser.
Perante tais descobertas, os espíritas, a nível mundial,
têm-se desdobrado em campanhas pela vida, seja na luta
contra o aborto, eutanásia, entre outras, seja contra o
suicídio.
O Espiritismo, demonstrando a imortalidade do Espírito,
mostra-nos que o ser humano que se suicida, apenas se
liberta violentamente do corpo de carne, como quem tira
a roupa ao deitar, para ir dormir, sem se
despersonalizar.
A grande desilusão do suicida é, ao ver-se fora do corpo
de carne, ao sentir-se vivo, verifica que afinal o seu
acto não o conduziu à morte desejada, mas apenas a uma
mudança de plano existencial. Mantém no seu íntimo o
problema que o levou ao acto tresloucado de terminar com
a vida do corpo físico, acrescido da frustração de não
ter morrido, para além de ouvir todos os comentários
tecidos a seu respeito, bem como os apelos desesperados
dos seus familiares que sentem a sua falta.
O Espiritismo prova que a vida continua. A partir daí o
suicídio não faz sentido.
Dizem os espíritos, não só no livro “O Céu e o
Inferno”, mas também nas comunicações espíritas
diariamente nos centros espíritas, que na Terra não há
palavras para descrever os sofrimentos atrozes que
padecem os suicidas (leia-se o livro “Memórias de um
Suicida”, de Camilo Castelo Branco (espírito)
através da médium Yvonne do Amaral Pereira), bem como
que muitas vezes reencarnam na vida seguinte, com
mazelas corporais derivadas da destruição celular no
corpo espiritual, ocorrida durante o acto do suicídio,
corpo espiritual esse que servirá de molde energético
para a futura reencarnação.
Com a doutrina espírita (ou Espiritismo) aprendemos que
vale a pena viver, passemos pelas dificuldades que
passarmos, na certeza de que Deus na Sua bondade
infinita, não permitiria que passássemos pro provas ou
expiações superiores às nossas capacidades psíquicas.
Os bons espíritos sempre nos estimulam à paciência, a
confiar na providência divina que nunca nos falha, à
oração diária e sentida, às leituras edificantes, à
meditação, ao recurso ao centro espírita onde a pessoa
tem auxílio espiritual, sem descurar, obviamente,
eventual apoio médico especializado, se for caso disso.
“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar,
tal é a lei” é uma frase de autor desconhecido, que foi
colocada no dólmen de Allan Kardec, no cemitério
Père-Lachaise, em Paris, e que demonstra bem que,
aconteça o que acontecer na nossa vida, podemos e
devemos lutar por sair da dificuldade, mas que o
suicídio é a única opção que não faz sentido, já que
hoje está provado à saciedade, que a vida continua após
a morte do corpo físico.
|