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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Fragmentos d'alma


“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” 
(Paulo, I Coríntios, 10:23.)


Nascidos simples e ignorantes somos parte da Divindade para que brilhe a nossa luz, segundo Mateus 5:16. A Doutrina dos Espíritos dá-nos a consciência de que temos o livre arbítrio para nortear as nossas ações. Porém é importante ater-nos ao discernimento e o bom senso.

Habitualmente de forma irrefletida buscamos a porta larga pelas facilidades que se nos apresentam, desviando-nos das trajetórias do bem e nos comprometendo, mais adiante, para cumprirmos os devidos ajustes, já que padecemos pela fragmentação da nossa essência de Luz, corroída que foi da pureza que nos foi legada como fruto do amor Divino.    

Contraindo inúmeros débitos diante de Deus e através das dores e sofrimentos, enfrentaremos os desajustes cometidos. Nada deveremos reclamar! As atitudes que confrontam as Leis Divinas desaguam nas inevitáveis consequências no corpo físico, reflexos que são dos registros existentes em nosso períspirito. Nossa missão nas existências que se sucedem é buscar continuamente a restauração desses fragmentos fazendo desse labor a chama que fará reluzir a nossa Luz

A recomposição dessa natureza original cuja fonte é a Divindade, impõe-se, corroborando o contido no livro O Espírito do Cristianismo, de Cairbar Schutel, pg.8: "O espírito é que vivifica". “Sem espírito não há vida, não há sabedoria, não há verdade.”

As páginas da vida precisam ser escritas considerando a nossa grandeza espiritual que se encontra latente. Procuremos nessa intimidade alicerçar e construir o novo ser que necessita emergir da escuridão, valendo-nos daqueles fragmentos para consolidar a nossa imagem como reflexo do Cristo.

No Livro Pão Nosso, da Editora FEB, pg.26, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, temos: “Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental que os produziu, nos movimentos incessantes da vida”. Daí a importância dos nossos pensamentos que são as diretrizes das nossas atitudes, frutos das escolhas que fazemos.

A cada transformação desses sentimentos enfermiços surge um novo fôlego de aprendizados e conquistas. Trilhando esse caminho de luz que nos envolve e irradia, estaremos semeando no canteiro do progresso as sementes da nossa redenção. (A felicidade plena só será conquistada quando nos apartarmos do nevoeiro da ignorância).


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita