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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Cristianismo e vida


“O ladrão vem somente para roubar, matar, e para destruir; Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”
 (João 10:10). Sendo a vida uma dádiva de Deus, ela se expressa de forma natural como algo da maior importância e que ainda deixa muitas incógnitas.   A Doutrina dos Espíritos leva-nos a reflexões profundas sobre a razão de existirmos e a finalidade da vida.

Sendo Ele o Senhor de todas as coisas, detém o direito sobre tudo que existe, inclusive nossas vidas. Vejamos o que consta em 1 Samuel 2:6: "O Senhor Deus é quem tira a vida e quem a dá. É ele quem manda a pessoa para o mundo dos mortos e a faz voltar de lá". Depreende-se que estamos eternamente ligados a Ele e, também regidos por suas Leis Soberanas. Assim impende-nos cumpri-las para que não nos afastemos Dele para não contrairmos débitos que serão ônus no porvir.

Por Sua Misericórdia, enviou-nos Jesus como modelo e guia nas nossas trajetórias cumulativas e ascensionais rumo ao mundo Celeste.  Nos mandamentos encontramos a forma de nos conduzir e em Jesus o exemplo e sacrifício que exercitou para espelhar o amor e a caridade que deverão sempre estar em nossas práticas.

A nossa responsabilidade pela vida impõe que de tudo façamos para zelar pelo corpo físico que é o templo do Espírito, dando condições para que possamos passar pelas experiências e aprendizados que nos conduzirão a plenitude Espiritual. Daí a importância do corpo físico para esse desempenho imprescindível a nossa evolução. A medicina galga largos degraus no âmbito tecnológico para aliviar dores e prolongar a vida.

Em caminho inverso e ilógico, temos a apologia da prática do aborto que interrompe uma programação reencarnatória com suas provas e expiações, prejudicando a ascensão do Espírito imortal. Vale ressaltar a questão 880, do Livro dos Espíritos: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem”? – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

Como cristãos não podemos, jamais, furtar-nos quanto ao zelo pela vida, desde a sua concepção até o suspiro final. É dever nosso preservá-la em todas as suas necessidades e jamais destruí-la. Nenhum cristão deverá concordar com o aborto, prática delituosa que colide frontalmente com os preceitos de amor e caridade legados por Jesus. Nós espíritas sabemos das graves consequências para quem o pratica. A nossa interferência ao alertarmos tudo isso afasta-nos da conivência por omissão. (Preservar a vida é reconhecer o seu valor diante de Deus.)


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita