O exemplo
de Cairbar Schutel
Cairbar de Souza Schutel
nasceu em 22 de setembro
de 1868, no Rio de
Janeiro e desencarnou em
30 de janeiro de 1938,
em Matão (SP).
A biografia do ilustre
irmão, Espírito de
escol, hoje certamente
com grande equipe no
Plano Maior, a ajudar a
quantos a ele recorrer,
é sobejamente conhecida
e divulgada, desde
particularidades até as
ações que serviram para
realçar sua
personalidade e a obra
que levou a efeito
durante toda uma
encarnação repleta de
coisas belas.
Maravilhosamente
sui-generis os conceitos
emitidos sobre o nobre
Espírito, por quantos o
conheceram. Vão desde o
que lhe fez Gabriel
Gobron, da Revue
Spirite Belga, quando
da desencarnação de
Cairbar Schutel:
"Cairbar Schutel, meu
doce e grande irmão,
fostes desses Espíritos
raros que se conhecem,
não pelas torrentes de
suas palavras, mas pelos
gestos e pelas ações que
praticam em serviço do
próximo", até o que lhe
emprestava a imprensa da
época: "O Apóstolo de
Matão vivia realmente a
Doutrina, não somente a
pregava".
Valemo-nos dessas
anotações para fazer uma
colocação e traçar um
paralelo importante: a
Doutrina Espírita se
ressente de figuras com
o tirocínio, a
perseverança no bem, a
honradez de propósitos e
sobretudo a honestidade
de proceder, seja em
circunstância, seja de
pessoas do porte de
Cairbar. Esses novos
apóstolos seriam motivo
de segurança em cada
Estado, ou em cada
Cidade, promoveriam um
maior desenvolvimento da
Doutrina e fariam com
que ela progredisse, com
certeza, o triplo do que
ocorre hoje.
Sentindo quão verdadeiro
é o axioma - "Se falas
faz", é preciso clareza
e honestidade -, há a
necessidade de nunca nos
envergonharmos de nossos
atos, pois estes atos
ficarão gravados em nós
para ajuste futuro. Não
se pode ensinar
Espiritismo, tal qual
Allan Kardec nos legou,
ignorando-se o amor ao
próximo. Seríamos um na
frente do irmão e outro
adiante.
Como nos advertem
constantemente os
Mentores espirituais,
pouco adianta
nos propormos a
disseminar a Doutrina
Espírita se o nosso agir
enseja mau exemplo. Com
o conhecimento que o
Espiritismo nos dá,
sabemos que "ser
espelho" nos levará a
pautar nossas ações pela
lisura, pela discrição.
Se o nosso agir for
escuso, camuflado,
usando pessoas amigas
para ferir outrem, o
reflexo que estamos
querendo é o da dor ou
da vergonha e decepção.
O espírita não pode
caminhar em erro, porque
conhece a Lei de Ação e
Reação.
Finalmente, tal qual as
grandes figuras do
Espiritismo no Brasil e
porque não em todo o
Orbe terrestre, Cairbar
Schutel deixou um legado
brilhante, puro e
transparente. Figura de
proa, que em momento
algum fraquejou, nem fez
maledicência, nem tramou
contra alguém. Em toda
oportunidade pôde olhar
todos de frente nos
olhos porque foi
sincero, justo e realmente
amou seus irmãos de
verdade.
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