Alma fiel
Encontramos no livro Boa Nova (Chico
Xavier/Humberto de Campos, edição FEB, capítulo 28 – O
Bom Ladrão), no diálogo de Jesus com Thiago a
preciosa informação: “(...) A alma fiel trabalha
confiante nos designíos do Pai, que pode dar os bens,
retirá-los e restitui-los em tempo oportuno, e caminha
sempre com serenidade e amor, por todas as sendas pelas
quais a mão generosa do Senhor o queira conduzir (...)”.
Peço ao leitor refletir atentamente comigo. Observe:
“pode dar, retirar e restituir”. Sim, realidade
constatável a cada passo: Deus, a Sabedoria e Bondade
Absolutas, tem o poder dessas circunstâncias com tudo
que nos envolve a vida. Não é restrito a bens materiais,
considere, ampliando-se para outros bens, inclusive dos
afetos e oportunidades.
E prossegue o autor: “(...) A vontade de Deus, além da
que conhecemos através de sua lei e de seus profetas,
através do conselho sábio e das inclinações naturais
para o bem, é também a que se manifesta a cada instante
da vida, misturando a alegria com as amarguras,
concedendo a doçura ou retirando-a, para que a criatura
possa colher a experiência luminosa no caminho mais
espinhoso. (...)”. O trecho é amplo e podemos tirar
dele sábias reflexões. Convido o leitor a debruçar-se
sobre o trecho com muita atenção...
A conclusão do ensino, todavia, é brilhante, ligando o
assunto à alma fiel que usamos como título. Veja:
“(...) Ter fé, portanto, é ser fiel a sua vontade, em
todas as circunstâncias, executando o bem que ela nos
determina e seguindo-lhe o roteiro sagrado, nas menores
sinuosidades da estrada que nos compete percorrer.
(...)”.
Deixo à reflexão do leitor, indicando a leitura integral
do capítulo citado.