Em Deus existimos...
Não se pode, seja filosoficamente, ou mesmo
cientificamente, negar nossa condição de Ser, ainda algo
um tanto indefinido em face da pobreza das línguas
humanas para se definir o que realmente somos: Espírito
ou Consciência imortal, e obviamente: palingenésica por
questões evolutivas, etc. etc.
E, isto, pois, não apenas pelo fato de ser esta uma
crença ou uma ideia universal, mas, também, pelo fato da
referida ideia ter recebido, no Século 19, sua
confirmação científica, tanto pelo Espiritismo como pelo
trabalho dos mais importantes gênios de tal quadra
secular, tais como Richet, Crookes, Aksakof, Geley e
muitos outros mais.
Todavia, e apesar de sabermos o que de fato somos:
Espírito, nós não sabemos, a não ser pelos seus efeitos,
o que é dito Espírito, do que se formara, e, por isso,
na falta de uma terminologia mais específica, apenas
dizemos ou deduzimos que o mesmo vem a ser uma espécie
de:
-Luz, ou, de uma
-Centelha etérea, ou ainda, de um
-Núcleo de forças intelectuais e morais, que se nada
explicam, pelo menos dão uma ideia de tal, conquanto
nossa ignorância, ainda, de seus fundamentos básicos,
sua mecânica funcional e gênese de outrora, ou seja, de
um tempo sem tempo, de sua divina criação. Mas “em Deus
existimos e em Deus nos movemos”, como ministrava antigo
filósofo grego; e Paulo lhe endossava as palavras; e
mais curioso ainda é que André Luiz, nos tempos
modernos, não só lhes confirma como também lhes completa
nas assertivas de que:
“Através de pensamentos, palavras e atos, que nos fluem,
invariáveis, do coração, gastamos e transformamos
constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem
evolutiva, nos setores da experiência, e, do quilate de
nossas intenções e aplicações, nos sentimentos e
práticas da marcha, a vida organiza, em nós mesmos, a
nossa conta agradável ou desagradável ante as Leis do
Destino”. (Vide: “Ação e Reação” – 1957 – Feb).
E o fato é, pois, que sou Espírito e não matéria; que
sou Consciência Imortal e não mortal; e, mais ainda, sou
de um carácter palingenésico por questões evolutivas,
estando Eu, hoje, neste corpo biológico, mas que,
todavia, não mais estarei amanhã, quando por morte e
desintegração deste envoltório grosseiro, mas não
daquele: do Espírito imortal.
Logo, temos muito por aprender do Espírito que há em
Mim, em Você, em todos Nós, que, queiramos ou não,
estamos em Deus, vivemos em Deus, agimos, pensamos e
gastamos nossa energia que, dantes que Tudo, é energia
de Deus, que nos envolve a todos, seja do Universo
material ou do espiritual, não importa, pois Tudo quanto
há, só existe, só funciona, em função da existência de
Deus, da energia de Deus, nosso Pai, nosso Criador.
E assim, pois, podemos lançar mão de muitas ideias,
muitas teorias, lucubrações, em função do pouco quanto
já sabemos.
Por exemplo, o Cristo disse ser Uno com o Pai, nos
termos de que: “Eu e o Pai somos Um” (João: 10-30).
Logo, por evolução, chegaremos lá, ao ponto máximo de
nossa subida, donde também seremos, com certeza, Unos
com o Pai, com o nosso eterno Criador.
Mas, ao fundo, o que isso quer dizer?
Em nossa visão teórica de tal, entendemos que vamos
chegar ao Pai, e, conquanto Seres finitos, vamos chegar
ao nosso Criador na condição de sermos, junto a Ele, um
Ser infinito, pois, gozaríamos com o Pai, e formaríamos
com o mesmo Pai, o “UM” divino da citação do Cristo,
gozando e usufruindo, pois, com Ele, das mesmas
condições e poderes supremos de Tal.
Noutros termos, e, pois: pela impossibilidade de sermos
Deus por nossa própria situação de filhos, ou, de o
sermos: Seres finitos, pelo menos teríamos d’Dele, do
nosso Pai, “a condição de o sermos”, tal como Ele, um
Ser divino, de potências tais que se “igualariam” à Sua
potência, tais como as de ser:
Onipotente, Onisciente, e, pois, Onipresente!
Noutros termos:
Seríamos:
-Onipotente, de Grandiosíssimo Poder na Unidade
Grandiosa de Deus; e, mais ainda, seríamos:
-Onisciente, e, pois, com a Ciência de Tudo, por
estarmos inseridos na Ciência Grandiosíssima de Deus; e,
por fim, seríamos:
-Onipresente, pela Presença de Deus em Tudo, e, pois,
por estarmos n’Ele que está em Tudo de Sua Divina e
Incessante Criação.
Podemos até, e, não só nesta como em outras situações,
estar incorretos de tais deduções, pois que não sabemos
Tudo, mas, pelo menos, se pode, das palavras mesmas de
Jesus, algo atinarmos do nosso futuro espiritual ao Seio
de Deus, nosso Pai de Amor e de Misericórdia, nos
tornando, assim, Unos-com-Ele, tal como se pode
“inferir” das palavras confiabilíssimas do Mestre Amado
Jesus.
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