Joias da poesia
contemporânea

Autor: Leal de Souza

 

Morte e reencarnação


Morrer!… Morrer!… A gente crê que esquece,

Pensa que é santo em paz humilde e boa,

Quando a morte, por fim, desagrilhoa

O coração cansado posto em prece.

 

Mas, ai de nós!… A luta reaparece…

A verdade é rugido de leoa…

A floração de orgulho cai à toa,

Por joio amargo na Divina Messe.

 

No castelo acordado da memória

Ruge o passado que nos dilacera,

Quando a lembrança é fel em dor suprema…

 

Sempre distante o céu envolto em glória,

Porquanto em nós ressurge a besta-fera

Buscando, em novo corpo, nova algema. 

 

Do livro Antologia dos Imortaisobra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita