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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

As nossas jornadas evolutivas


Como viajores dos mundos, vivenciamos experiências no corpo físico e espiritual. As reencarnações favorecem-nos para a reeducação, considerando que nas vidas pretéritas acumulamos vícios e desvios das Leis Divinas. Na dimensão espiritual com a visão ampliada sem a densidade do corpo físico e com a consciência lúcida, apercebemo-nos de que “erramos o alvo”, ou seja, desviamo-nos do caminho.  No despertar do arrependimento, buscamos o recomeço em nova existência corpórea que se constitui no templo do Espírito, para carpir os nossos erros. Com essas oportunidades que Deus nos concede, poderemos refazer as trajetórias equivocadas que nos levarão à verdade que nos libertará.

Nesse processo contínuo de burilamento, as vivências manifestam-se como instrumento indispensável de aprendizado. Viver e conviver são os desafios que encontramos como experiências imorredouras nesse caminhar edificante. Seriam como “pedras” a embaraçar os nossos passos, mas, quando removidas, servem de estímulo para irmos adiante.

Para alcançarmos êxito nesse labor diário, teremos que perseverar e entender que somos Espíritos em evolução e, por conseguinte, nossas imperfeições são obstáculos que nos aprisionam aos vícios do passado. Essas “sombras” são frequentes e nos importunam no dia a dia. Contudo, lembremo-nos sempre do Mestre Jesus, segundo Mateus 26:41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

Referimo-nos, agora ao livro Reflexões à Luz do Consolador, de Arthur Bernardes de Oliveira, publicado pela EVOC – Editora Virtual O Consolador, pg.37: “Não há, pois, motivo para revolta perante as dificuldades que exigem enfrentamento. Expiações e desafios são filhos de nossas resoluções, derivados de nossa imprudência ou da nossa determinação, de nossa livre escolha, como quem vê neles meio seguro de melhorar-se”.

As vicissitudes são necessárias para que nos reeduquemos. São provas para testarmos nossa paciência, resignação e resiliência. É preciso que tenhamos consciência dessas dificuldades, observando atentamente as lições de vida que nos chegam a toda hora.  É imperioso que entendamos esses “recados sutis”, em que, não raro, vemos o lado que consideramos ruim, mas que, analisando-os de forma acurada, descobriremos o valor das experiências vivenciadas.

No livro Fonte Viva, Editora FEB, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, temos: “Espíritos desencarnados aos milhões e em todos os graus de inteligência enxameiam o mundo, requisitando, tanto quanto os encarnados, o concurso da educação”.

Nesse multiverso de idas e vindas, encontramo-nos em constantes ciclos da vida, em que o Espírito imortal, Ser Inteligente da criação,  busca incessantemente, através do burilamento, patamares evolutivos, cumprindo os ditames da Lei do Progresso. (Não importa quanto caminhamos, e sim que não fiquemos inertes.)


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita