As nossas jornadas evolutivas
Como viajores dos mundos, vivenciamos experiências no
corpo físico e espiritual. As reencarnações
favorecem-nos para a reeducação, considerando que nas
vidas pretéritas acumulamos vícios e desvios das Leis
Divinas. Na dimensão espiritual com a visão ampliada sem
a densidade do corpo físico e com a consciência lúcida,
apercebemo-nos de que “erramos o alvo”, ou seja,
desviamo-nos do caminho. No
despertar do arrependimento, buscamos o recomeço em nova
existência corpórea que se constitui no templo do
Espírito, para carpir os nossos erros. Com
essas oportunidades que Deus nos concede, poderemos
refazer as trajetórias equivocadas que nos levarão à
verdade que nos libertará.
Nesse processo contínuo de burilamento, as vivências
manifestam-se como instrumento indispensável de
aprendizado. Viver
e conviver são os desafios que encontramos como
experiências imorredouras nesse caminhar edificante.
Seriam como “pedras” a embaraçar os nossos passos, mas,
quando removidas, servem de estímulo para irmos adiante.
Para alcançarmos êxito nesse labor diário, teremos que perseverar e
entender que somos Espíritos em evolução e, por
conseguinte, nossas imperfeições são obstáculos que nos
aprisionam aos vícios do passado. Essas
“sombras” são frequentes e nos importunam no dia
a dia. Contudo, lembremo-nos sempre do Mestre Jesus,
segundo Mateus 26:41: “Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca”.
Referimo-nos, agora ao livro Reflexões à Luz do
Consolador, de Arthur Bernardes de Oliveira,
publicado pela EVOC – Editora Virtual O Consolador,
pg.37: “Não há, pois, motivo para revolta perante as
dificuldades que exigem enfrentamento. Expiações e
desafios são filhos de nossas resoluções, derivados de
nossa imprudência ou da nossa determinação, de nossa
livre escolha, como quem vê neles meio seguro de
melhorar-se”.
As vicissitudes são necessárias para que nos
reeduquemos. São provas para testarmos nossa paciência,
resignação e resiliência. É preciso que tenhamos
consciência dessas dificuldades, observando atentamente
as lições de vida que nos chegam a toda hora. É
imperioso que entendamos esses “recados sutis”,
em que, não raro, vemos o lado que consideramos ruim,
mas que, analisando-os de forma acurada, descobriremos o
valor das experiências vivenciadas.
No livro Fonte Viva, Editora FEB, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, temos:
“Espíritos desencarnados aos milhões e em todos os graus
de inteligência enxameiam o mundo, requisitando, tanto
quanto os encarnados, o concurso da educação”.
Nesse multiverso de idas e vindas, encontramo-nos em
constantes ciclos da vida, em que o Espírito imortal,
Ser Inteligente da criação, busca incessantemente,
através do burilamento, patamares evolutivos, cumprindo
os ditames da Lei do Progresso. (Não importa quanto
caminhamos, e sim que não fiquemos inertes.)
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