Natural da capital de São Paulo, ora residente
em Barra Bonita, no interior do estado, Emerson
Oliveira Cavalcante (foto) é
contabilista e especialista na área fiscal e
tributária. Graduado em gestão financeira pela
UNIP, participa das atividades do Centro
Espírita Cristão, de sua cidade, no qual atua
como conselheiro da Diretoria Executiva no
Conselho Orientador Doutrinário. Fundador e
coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa do
Evangelho – NEPE de Barra Bonita, é autor do
livro Antigo
Testamento Berço do Evangelho. Na
presente entrevista ele nos fala, entre outros
assuntos, sobre suas pesquisas e sua obra acerca
do Antigo Testamento:
Como e quando se tornou espírita?
Ao frequentar as palestras e reuniões de estudo
no Centro Espírita Cristão em Barra Bonita (SP),
a partir do ano de 1997. E, especialmente, a
partir da leitura das obras básicas da
codificação espírita feita por Allan Kardec,
quando despertei para a presença do Consolador
prometido por Jesus entre nós.
O que lhe é mais prioritário no conhecimento
espírita?
A transformação interior. Entendo a Doutrina
Espírita como roteiro seguro para o
aperfeiçoamento moral e espiritual, na sua
feição de Cristianismo Redivivo.
Dentre os fundamentos doutrinários, o que lhe
chama bastante atenção?
A responsabilidade individual, aliada ao sentido
de conformidade ao nosso modelo e guia, Jesus,
no aspecto de tê-lo como permanente referencial
de conduta e ação no mundo. Um processo, sem
dúvida, de inúmeras existências, com vistas à
eternidade.
De onde lhe veio o interesse pelo Velho
Testamento?
Das leituras da minha mãe, na infância. À noite
antes de dormir, ela lia os Salmos. Isto
despertou a minha atenção para a Bíblia, como um
livro que trazia orientação, amparo, e conexão
com Deus. Da minha parte, sou um leitor
meditativo das Escrituras desde os 10 anos de
idade.
Como ligá-lo ao Novo Testamento e à própria
Doutrina Espírita?
A ligação está feita pelo próprio Jesus, quando
ensina, em Lucas 24:27, a sua metodologia de
ensino: “E, começando por Moisés, e por todos os
profetas, explicava-lhes o que dele se achava em
todas as Escrituras”. Kardec apenas reafirma
Jesus, no capítulo I de O Evangelho segundo o
Espiritismo, na conhecida sentença: “Eu não
vim destruir a Lei”, o que por si só resume o
entendimento da questão.
O que é mais marcante no Velho Testamento?
O testemunho de fé do povo hebreu, mesmo com
vacilações, diante de inúmeras aflições:
escravidão no Egito, cativeiro na Babilônia,
subjugação ao Império Romano, entre outras
situações de provação e testemunho coletivo. No
entanto, o mais importante é ressaltar a
presença do Deus único, invisível, mas atuante,
com sua providência divina a intervir na
história para firmar Israel como o foco de onde
deveria derramar-se a luz do Evangelho sobre o
mundo inteiro.
Comente sobre seu livro.
Antigo Testamento Berço do Evangelho,
meu primeiro Livro, é fruto de pesquisa de cinco
anos, passando por uma bibliografia de doze
livros e um DVD sobre tradições judaicas.
Trata-se de um trabalho introdutório, com
aspectos históricos e doutrinários, para estudo,
consulta e reflexão sobre a Primeira Revelação,
que no dizer do benfeitor Emmanuel, por Chico
Xavier, na questão 267 de O Consolador, é:
“... fonte máter da revelação divina”.
Dos personagens do Velho Testamento, qual
gostaria de destacar aos leitores, motivando-os
a melhor conhecimento sobre referido personagem
e sua ação?
Moisés. O profeta hebreu, por muitos ainda
incompreendido, por seus atos enérgicos, é um
marco de perseverança e saudável dependência
diante de Deus, com um espírito de liderança
servidora que preanuncia a missão redentora de
Jesus. Dedicamos o capítulo III, de nosso Livro,
especialmente ao profeta do pentateuco bíblico,
legítimo emissário do plano superior.
Como tem sentido a repercussão das palestras
sobre a temática?
Um misto de surpresa e estranhamento. Surpresa
pelo comentário do público sobre o fato de não
terem percebido a relevância do Antigo
Testamento no conjunto das três revelações e
estranhamento pelo desconhecimento das pessoas
sobre o assunto. Não ignoramos a falta de
familiaridade dos espíritas com o conteúdo do
Antigo Testamento. No entanto, foi exatamente a
ausência de literatura específica na doutrina e
a menção frequente de Kardec e dos instrutores
da codificação sobre a relevância da mensagem
veterotestamentária, que procuramos ressaltar ao
público nas palestras sobre o livro.
De suas lembranças nas pesquisas sobre o tema, o
que gostaria de citar?
Primeiro que o livro nasceu dentro de um grupo
de estudos de O Evangelho segundo o
Espiritismo. Em 2014, quando iniciamos este
trabalho na ACEAK – Associação Cultural Espírita
Allan Kardec, em Barra Bonita, e por quatro anos
estudamos a introdução da obra. Os participantes
me pediram pra registrar por escrito as
referências e correlações que fazia entre o
Antigo, o Novo Testamento e o Espiritismo. O
livro é um comentário ampliado destes estudos.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Em seus seis capítulos Antigo Testamento
Berço do Evangelho tem por temas: O que é
a Bíblia, Os Patriarcas Hebreus, Moisés,
Profetas e Escritos (estes dois capítulos
contendo um resumo de cada um dos 39 livros do
Antigo Testamento), um capítulo sobre as Tradições
Judaicas e, finalizando a obra, tratamos
sobre os Símbolos e as Parábolas. A
propósito, relacionamos 10 parábolas que constam
no Antigo Testamento.
Suas palavras finais.
Gostaria de agradecer a oportunidade de
divulgação da nossa pesquisa e aos leitores da
revista pela atenção concedida. Nosso intuito é
despertar o interesse das pessoas para a
presença do Evangelho, por intermédio de Jesus,
em toda a história humana, tendo por marco
inicial, como universalização da mensagem, o
Antigo Testamento, como alicerce da revelação
divina.
Nota do Entrevistador para
interessados na aquisição do livro:
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para receber o livro com dedicatória e
autógrafo.
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