Um pequeno-grande livro
Há livros e livros!
Pequenos, Médios, Grandes, sendo uns mais fáceis,
outros: mais ou menos; e, outros, ainda, bem
complicados, profundos, reflexivos, e etc. e etc. e etc.
Tenho comigo, neste instante, um livreto a que posso
chamar de pequeno-grande-livro: trata-se deste que,
assinado pelo Espírito Pastorino, fora psicografado por
Ariston S. Teles, da Editora Espírita Ano-Luz.
Trata-se de um livreto, pois, menor que um palmo de
minha mão, mas que encerra um universo de tão grandes e
tão profundos ensinamentos, que, por vezes, fico
admirado com tanto saber, tanta bênção e tanta luz, em
suma, de tão boa e manifesta instrução.
Rebusquemo-lhe, por exemplo, seu Item 8, de título
‘Colabore’, de tão breve e tão importante ensino; nele,
temos que:
“Você guarda na personalidade qualidades herdadas de
muita gente, de sua família e da humanidade de todos os
tempos”. (Opus Cit.).
E, como guardamos tais qualidades de antanho, de tantas
vidas palmilhadas: umas boas, outras, nem tanto,
cumpre-nos, pois, nas luzes de agora, realçarmos ainda
mais as boas e rechaçarmos as más, e, isto, pois,
trata-se de Reforma Íntima: de Ascensão Espiritual.
Mas continuemos:
“Segundo a Lei das Unidades Coletivas, a Consciência é
centro de forças espirituais que se dilata na medida da
própria evolução”.
(Opus Cit.).
Logo, ninguém, absolutamente ninguém vive só.
Dependemos uns dos outros, e isto é da Lei.
Do átomo ao arcanjo, pois: Tudo é Assim.
Ou seja: se não fosse pelos meus pais que me deram vida
biológica, que me alimentaram e me educaram, o que seria
de mim?
Se não fosse pelo agricultor que preparara o terreno,
que lhe adubara, que plantara as sementes, e que, de
futuro, cresceram e foram colhidas para o nosso
sustento, o que seria de todos nós?
E, mais ainda, eu, tal como você, só pudéramos comprar,
ou, adquirir tal alimento, pelo dinheiro do nosso
trabalho, que, óbvio, depende do nosso empregador, que,
por sua vez, também depende do seu trabalho, do seu
comércio, ou, indústria, e, portanto, de uma série de
fatores outros que nos levam à sociedade humana, ou, à
‘Unidade-Coletiva’ de que nos fala aquele livreto,
donde, do átomo ao arcanjo, Tudo se encaixa, se
movimenta, trabalha e se instrui, e que, portanto,
avança e cresce de modo ininterrupto pela eternidade
afora, num campo imensurável de aprendizados universais.
Pois que nossa Consciência: “como centro de forças
espirituais que se dilata na medida da própria
evolução”, tem por objetivo alcançar o ápice de sua
imensa escalada até Jesus, ou, até Deus: Nosso
Amorosíssimo Pai...
E, pois, se não fosse por tudo quanto dito, não fosse
pelo trabalho de tanta gente, de tantos Espíritos ou
Anjos da Guarda de todos nós: Seres humanos, o que seria
de Mim, de Você, em suma: de Todos Nós?
Mas prossigamos com o precioso livreto.
“Ninguém deve viver isolado porque ninguém é
auto-suficiente”. (Opus Cit.).
O que não deixa de ser uma comprovação do que já
mencionamos dantes, não é mesmo?
E, indo mais além, pergunta-se:
Donde vem minha roupa? Senão dos campos de algodão, das
fábricas têxteis, dos costureiros e costureiras de
plantão...
De onde vem meu carro, minha moto, minha bike, ou, meu
tênis, minhas meias e meus sapatos? Senão de
trabalhadores outros das fábricas, fabriquetas e coisas
que tais...
E, assim, pois:
“A evolução é obra coletiva. Todo o Universo trabalha
pela felicidade de cada um de nós”. (Opus Cit.).
Isso, além de confirmar o que já vimos, faz-nos lembrar
um grande evolucionista ao dizer que: “A única coisa
constante no Mundo é a inconstância de Tudo”; donde –
Tudo – pois, trabalha e se movimenta de modo
ininterrupto, e, pois, coletivamente, evolutindo e
crescendo para o Bem de Mim, de Você, de Todos Nós.
“Você deve, em contrapartida, quebrar os grilhões do
egoísmo escravizante, ‘Abrir o Coração e Trabalhar’ cada
vez melhor em benefício de Todos”. (Opus Cit.).
Abrir o Coração: sempre o nosso Coração!
E, pois, desde Jesus, temos esta palavrinha mágica:
Coração, que, mais ultimamente, nos últimos séculos,
sobretudo, temos lido e ouvido de modo incessante dos
espiritistas mais evolvidos: Coração, que rima com Amor,
com o Vibrar Mais Íntimo de todos nós, pois dele mesmo é
que nasce as ideias – boas ou más – e que, de nossa
parte, devemos excluir as segundas em prol das
primeiras, se quisermos ser felizes pela eternidade
afora.
E finaliza o pequeno-grande livro:
“O que fazemos pelos outros fazemo-lo por nós mesmos”.
(Opus Cit.).
Logo, todos nós, quando fazemos a outrem, seja o bem,
seja o mal, referidos guardam como endereço certo a nós
próprios, donde não termos como fugir de nossa
Consciência, o que implica, pois, tomarmos mais cuidado
com o nosso Proceder, nosso Coração, este vibrar mais
íntimo de todos nós, pois, como já alertava o Novo
Testamento:
“É do Coração que partem os maus pensamentos, os
homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os
falsos testemunhos, as blasfêmias e as maledicências.”
(Jesus).
O que serve de alerta, pois, para a nossa Reforma
Íntima, que é, sobretudo, do nosso Sentir, nosso Vibrar
mais íntimo, em suma: do nosso Coração.
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