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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Um pequeno-grande livro


Há livros e livros!

Pequenos, Médios, Grandes, sendo uns mais fáceis, outros: mais ou menos; e, outros, ainda, bem complicados, profundos, reflexivos, e etc. e etc. e etc.

Tenho comigo, neste instante, um livreto a que posso chamar de pequeno-grande-livro: trata-se deste que, assinado pelo Espírito Pastorino, fora psicografado por Ariston S. Teles, da Editora Espírita Ano-Luz.

Trata-se de um livreto, pois, menor que um palmo de minha mão, mas que encerra um universo de tão grandes e tão profundos ensinamentos, que, por vezes, fico admirado com tanto saber, tanta bênção e tanta luz, em suma, de tão boa e manifesta instrução.

Rebusquemo-lhe, por exemplo, seu Item 8, de título ‘Colabore’, de tão breve e tão importante ensino; nele, temos que:

“Você guarda na personalidade qualidades herdadas de muita gente, de sua família e da humanidade de todos os tempos”.  (Opus Cit.).

E, como guardamos tais qualidades de antanho, de tantas vidas palmilhadas: umas boas, outras, nem tanto, cumpre-nos, pois, nas luzes de agora, realçarmos ainda mais as boas e rechaçarmos as más, e, isto, pois, trata-se de Reforma Íntima: de Ascensão Espiritual.

Mas continuemos:

“Segundo a Lei das Unidades Coletivas, a Consciência é centro de forças espirituais que se dilata na medida da própria evolução”.

(Opus Cit.).

Logo, ninguém, absolutamente ninguém vive só.

Dependemos uns dos outros, e isto é da Lei.

Do átomo ao arcanjo, pois: Tudo é Assim.

Ou seja: se não fosse pelos meus pais que me deram vida biológica, que me alimentaram e me educaram, o que seria de mim?

Se não fosse pelo agricultor que preparara o terreno, que lhe adubara, que plantara as sementes, e que, de futuro, cresceram e foram colhidas para o nosso sustento, o que seria de todos nós?

E, mais ainda, eu, tal como você, só pudéramos comprar, ou, adquirir tal alimento, pelo dinheiro do nosso trabalho, que, óbvio, depende do nosso empregador, que, por sua vez, também depende do seu trabalho, do seu comércio, ou, indústria, e, portanto, de uma série de fatores outros que nos levam à sociedade humana, ou, à ‘Unidade-Coletiva’ de que nos fala aquele livreto, donde, do átomo ao arcanjo, Tudo se encaixa, se movimenta, trabalha e se instrui, e que, portanto, avança e cresce de modo ininterrupto pela eternidade afora, num campo imensurável de aprendizados universais.

Pois que nossa Consciência: “como centro de forças espirituais que se dilata na medida da própria evolução”, tem por objetivo alcançar o ápice de sua imensa escalada até Jesus, ou, até Deus: Nosso Amorosíssimo Pai...

E, pois, se não fosse por tudo quanto dito, não fosse pelo trabalho de tanta gente, de tantos Espíritos ou Anjos da Guarda de todos nós: Seres humanos, o que seria de Mim, de Você, em suma: de Todos Nós?

Mas prossigamos com o precioso livreto.

“Ninguém deve viver isolado porque ninguém é auto-suficiente”. (Opus Cit.).

O que não deixa de ser uma comprovação do que já mencionamos dantes, não é mesmo?

E, indo mais além, pergunta-se:

Donde vem minha roupa? Senão dos campos de algodão, das fábricas têxteis, dos costureiros e costureiras de plantão...

De onde vem meu carro, minha moto, minha bike, ou, meu tênis, minhas meias e meus sapatos? Senão de trabalhadores outros das fábricas, fabriquetas e coisas que tais...

E, assim, pois:

“A evolução é obra coletiva. Todo o Universo trabalha pela felicidade de cada um de nós”. (Opus Cit.).

Isso, além de confirmar o que já vimos, faz-nos lembrar um grande evolucionista ao dizer que: “A única coisa constante no Mundo é a inconstância de Tudo”; donde – Tudo – pois, trabalha e se movimenta de modo ininterrupto, e, pois, coletivamente, evolutindo e crescendo para o Bem de Mim, de Você, de Todos Nós.

“Você deve, em contrapartida, quebrar os grilhões do egoísmo escravizante, ‘Abrir o Coração e Trabalhar’ cada vez melhor em benefício de Todos”. (Opus Cit.).

Abrir o Coração: sempre o nosso Coração!

E, pois, desde Jesus, temos esta palavrinha mágica: Coração, que, mais ultimamente, nos últimos séculos, sobretudo, temos lido e ouvido de modo incessante dos espiritistas mais evolvidos: Coração, que rima com Amor, com o Vibrar Mais Íntimo de todos nós, pois dele mesmo é que nasce as ideias – boas ou más – e que, de nossa parte, devemos excluir as segundas em prol das primeiras, se quisermos ser felizes pela eternidade afora.

E finaliza o pequeno-grande livro:

“O que fazemos pelos outros fazemo-lo por nós mesmos”. (Opus Cit.).

Logo, todos nós, quando fazemos a outrem, seja o bem, seja o mal, referidos guardam como endereço certo a nós próprios, donde não termos como fugir de nossa Consciência, o que implica, pois, tomarmos mais cuidado com o nosso Proceder, nosso Coração, este vibrar mais íntimo de todos nós, pois, como já alertava o Novo Testamento:

“É do Coração que partem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias e as maledicências.” (Jesus).

O que serve de alerta, pois, para a nossa Reforma Íntima, que é, sobretudo, do nosso Sentir, nosso Vibrar mais íntimo, em suma: do nosso Coração.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita