Artigos

por Luiz Guimarães Gomes de Sá

Um novo amanhecer


“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e

pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.” KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.


Ainda imersa nos eflúvios do Natal, a Humanidade debruça-se nas esperanças do Ano Novo que já estamos vivenciando. Olhando para o retrovisor da vida, poderemos observar quanto fizemos e o tanto que nos omitimos no exercício da prática do bem.

Pela Misericórdia Divina, estamos recebendo mais um ano para o nosso aprimoramento intelecto-moral, cumprindo a Lei do Progresso na qual todos nós estamos inseridos. O novo ano corresponde a um livro aberto para que possamos planejar a construção das nossas boas conquistas. 

O livre-arbítrio concedido por Deus é a prova da “Democracia Divina”, na qual Ele nos permite palmilhar o caminho que escolhermos. Sutilmente o tempo chega e na lida diária somos sobressaltados com as adversidades, para que lutemos e as suplantemos com perseverança e resiliência. Não raro, são provas que testam a nossa paciência e resignação.

No livro Momentos de Consciência, pg.3, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, consta: ”(...) A consciência pode ser treinada mediante o exercício dos valores morais elevados, que objetivam o bem do próximo, por consequência, o próprio bem”.

Nesse particular lembremo-nos do que disse Santo Agostinho, na questão 919 d’ O Livro dos Espíritos: “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém teria motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. (...).

Necessitamos, diuturnamente, de reflexões quanto à nossa missão na Terra. Vivenciamos a Transição Planetária e impõe-se que atentemos para as mudanças que estão ocorrendo de forma célere. Cada um de nós tem uma responsabilidade para consigo e para a coletividade.

O orbe terrestre caminha para se tornar um Mundo de Regeneração, mas essa mudança faz parte de toda a Humanidade. Não devemos ficar alheios a tudo isso. Impende-nos a adoção de uma atitude edificante no presente cenário. 

Sempre é tempo de renovação! Sempre há oportunidades para mudança! Somos seres perfectíveis e todos nós temos condições de melhorar. Contudo esse processo segue seu curso segundo a nossa vontade. Ninguém o fará por nós.

É hora da nova semeadura e, dependendo de como a fizermos, teremos uma colheita promissora ou não. Que tenhamos a felicidade de repetir as palavras do Apóstolo Paulo, segundo 2ª Timóteo 4.7: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”.

No início deste novo ano procuremos fazer uma nova história, onde a fraternidade entre nós seja uma constante. O livro está aberto no aguardo daquilo que melhor temos para preenchê-lo e galgarmos os sublimes degraus da evolução. (Todo aprendizado exige recomeços.)

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita