Um novo amanhecer
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral e
pelos esforços que faz para domar suas más inclinações.”
KARDEC, Allan. O
Evangelho segundo o Espiritismo,
cap. XVII, item 4.
Ainda imersa nos eflúvios do Natal, a Humanidade
debruça-se nas esperanças do Ano Novo que já estamos
vivenciando. Olhando para o retrovisor da vida,
poderemos observar quanto fizemos e o tanto que nos
omitimos no exercício da prática do bem.
Pela Misericórdia Divina, estamos recebendo mais um ano
para o nosso aprimoramento intelecto-moral, cumprindo a
Lei do Progresso na qual todos nós estamos inseridos. O
novo ano corresponde a um livro aberto para que possamos
planejar a construção das nossas boas conquistas.
O livre-arbítrio concedido por Deus é a prova da
“Democracia Divina”, na qual Ele nos permite palmilhar o
caminho que escolhermos. Sutilmente o tempo chega e na
lida diária somos sobressaltados com as adversidades,
para que lutemos e as suplantemos com perseverança e
resiliência. Não raro, são provas que testam a nossa
paciência e resignação.
No livro Momentos de Consciência, pg.3,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito
Joanna de Angelis, consta: ”(...) A consciência pode ser
treinada mediante o exercício dos valores morais
elevados, que objetivam o bem do próximo, por
consequência, o próprio bem”.
Nesse particular lembremo-nos do que disse Santo
Agostinho, na questão 919 d’ O Livro dos
Espíritos: “Fazei o que eu fazia quando vivi na
Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência,
passava em revista o que fizera e perguntava a mim mesmo
se não faltara a algum dever, se ninguém teria motivo
para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me
conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.
(...).
Necessitamos, diuturnamente, de reflexões quanto à nossa
missão na Terra. Vivenciamos a Transição Planetária
e impõe-se que atentemos para as mudanças que estão
ocorrendo de forma célere. Cada um de nós tem uma
responsabilidade para consigo e para a coletividade.
O orbe terrestre caminha para se tornar um Mundo de
Regeneração, mas essa mudança faz parte de toda a
Humanidade. Não devemos ficar alheios a tudo isso.
Impende-nos a adoção de uma atitude edificante no
presente cenário.
Sempre é tempo de renovação! Sempre há oportunidades
para mudança! Somos seres perfectíveis e todos nós temos
condições de melhorar. Contudo esse processo segue seu
curso segundo a nossa vontade. Ninguém o fará por nós.
É hora da nova semeadura
e, dependendo de como a fizermos, teremos uma colheita
promissora ou não. Que
tenhamos a felicidade de repetir as palavras do Apóstolo
Paulo, segundo 2ª Timóteo 4.7: “Combati o bom combate,
completei a carreira, guardei a fé”.
No início deste novo ano procuremos fazer uma nova
história, onde a fraternidade entre nós seja uma
constante. O livro está aberto no aguardo daquilo que
melhor temos para preenchê-lo e galgarmos os sublimes
degraus da evolução. (Todo aprendizado exige recomeços.)
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