Uma atrás da outra?
Sabe quando tudo parece acumular adversidades? Sensação
é que estamos levando surras, uma após outra, numa
sequência assustadora.
Antigo instrutor – em missão de Verdades Celestes –
rogou amparo do Alto e, acompanhado de um cão, ia em
missão de aldeia a aldeia – normalmente bem distantes
uma da outra – e encontra pelo caminho várias
contrariedades porque o tempo não foi suficiente para
alcançar o próximo destino antes de anoitecer. E se viu
nas seguintes situações, especialmente porque
anoitecera:
a) Tentou
dormir numa cova que lhe pareceu confortável, mas foi
atacado por nuvem de moscas vorazes e teve que retomar o
caminho na escuridão;
b) Num
trecho de bifurcação, encontrou volumoso riacho, mas uma
ponte rústica que ligava com a outra margem do que lhe
pareceu volumoso riacho, repentinamente se desligou das
bases, quebrando-se inteiramente e não permitindo a
travessia;
c) Numa
robusta árvore – na sequência de sua caminhada rumo ao
destino – pensou em ali acolher-se, mas forte ventania
derrubou o vigoroso tronco;
d) Mesmo
com chuva, avançou, quando encontrou um casebre
iluminado e suspirou aliviado. Batendo à porta pedindo
proteger-se, foi severamente rechaçado;
e) O
cão fugiu-lhe da companhia, face aos intensos
relâmpagos.
Diante de tantas adversidades, chorou angustiado,
acreditando-se esquecido de Deus, e passou a noite ao
relento, sob chuva.
Alta madrugada, ouviu muitos gritos e aguardou o
amanhecer. Veio a saber que uma quadrilha de ladrões
pilhara a choupana humilde onde lhe fora negado
pernoitar, assassinando todos os moradores. Informara-se
depois, retornando pelo mesmo caminho para então achar o
caminho correto (na escuridão escolhera caminho
contrário) e constatou por si mesmo: a) a ponte rompida
livrara-o de um pântano perigoso; b) a árvore tomada era
conhecido covil de lobos; c) onde a nuvem de moscas o
espantara era ninho de perigosas serpentes e que a fuga
do cão, que uivava, garantiu-lhe o repouso, sem chamar
atenção de malfeitores que agiram naquela noite.
Compreendeu, então, que não soubera compreender o
socorro de Deus que o livrara de muitos perigos para que
cumprisse sua missão. Deus sempre ouve nossas rogativas,
mas é preciso discernimento para compreender as
respostas que o Pai Celeste envia. Muitas adversidades
ou contrariedades que surgem, muitas vezes numa
sequência, são sábias providências de Deus para nos
livrar ou proteger de perigos maiores.
Trecho adaptado do capítulo 28- A Resposta Celeste, com
transcrições parciais, constantes do livro Jesus no
Lar (ed. FEB).