Joias da poesia
contemporânea

Autora: João Coutinho

 

Tempo e amor

 

Qual austero gigante que nos guia,

Furioso e rude e, às vezes, triste e lento,

Passa o tempo, na Terra, como o vento,

Renovando-te a senda, cada dia.

 

Não desesperes, ante o céu nevoento,

Nem te abatas na estrada escura e fria,

Nascerão novas flores de alegria

Onde há charcos de angústia e sofrimento.

 

O templo, o lar, a fonte, a flor e o ninho…

Tudo o tempo transforma, de mansinho,

Alterando-se em luz, penumbra e treva!

 

Guarda, porém, o amor puro e esplendente,

Que o nosso amor, agora e eternamente,

É o tesouro que o tempo nunca leva…

 

Do livro Relicário de luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita