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por Fernando Rosemberg Patrocinio

Irmão, abandone seus vícios


Creio já termos, todos nós, ouvido ou lido alguma coisa parecida com as seguintes sentenças ou máximas:

“A marcha aflige, mas o projeto saneia”

... Ou, então, que:  “O meio fere, mas o objetivo cura”

... E, mais explicitamente ainda, que: “Seja sorrindo, seja chorando: é Deus nos fazendo crescer!”.

Sendo tais sentenças - neste Mundo de dores e de tantas provações - fatos indubitáveis, conquanto, ainda, para muitos, algo cercados de dúvidas, de ignorância, blasfêmias e contradições.

E como dói viver... tratando, pois, da dor:

... de um belo tombo, de um braço quebrado, de um corte cirúrgico, ou, de uma artrose qualquer; mas tem também as famosas cólicas renais, do membro fantasma, e, sem contar, ainda, as dores morais: aquelas que nos afligem o peito, que nos busca e que nos quer, tal como se fôssemos marcados pelo destino desde que nascemos neste Mundo de provas, fazendo-nos crer, portanto, haver-se um propósito para a nossa cura, mesmo que pela dor, do contrário, não se veria ela assanhar-se por toda parte, aqui, ali, bem como acolá.

E o fato é que, hoje, pelas mais diversas e mais sérias pesquisas no tocante à saúde humana, tem-se constatado que o Homem - detentor de alguma religião - é menos acometido de doenças e, mais ainda, que o referido vive muito mais e muito melhor e, óbvio, com qualidade de vida, e por muito mais tempo que o homem comum, muitas das vezes: cético, viciado pelo álcool, tabaco, drogas e outras mazelas mais que o circundam no curso temporário de sua vida terrena...

E haja consequências!

Fato é, pois, assim, que o Homem religioso encontra na fé, na humildade, em suma, num comportar-se mais digno com os ditados de sua crença, lhe proporcionando “algo mais e melhor” que aquele outro - viciado nas coisas mundanas -, sendo, este “algo mais e melhor”, de nossa citação, se verificam não só pelos resultados de sua boa conduta, mas, também, por sua “Proteção-do-Mundo-Maior”!

“Proteção”, evidentemente, dos mais distintos matizes que, hoje, o Espiritismo, por exemplo, nos mostra como sendo não apenas do nosso Anjo da Guarda: Espírito Protetor, como também dos Espíritos familiares, simpatizantes, e muitos outros mais que ignoramos, e que, de algum modo, se afinam conosco, com nossas boas ações e, pois, com nossa fé.

Ministra André Luiz, em Missionários da Luz (1945-Feb), que:

“O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na Crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como ‘Templo do Senhor’”. (Opus Cit.).

O que implica, pois, que o referido “Templo” deveria ser um tanto mais respeitado pelo Homem, ao invés de se prejudicá-lo com tantos males de nossa liberdade de escolha, nosso Espírito rebelde e transgressor. E nisto, pois, estão certos os mais distintos religiosos em reprimir os vícios por uma vida mais digna, mais reta e, pois, mais equilibrada em Cristo Jesus.

Diga-se, mais ainda, que o referido “Templo” é composto por uma média 40 trilhões de células vivas e, pois, das mais diversas especialidades: das células intestinais às cerebrais, sendo estas, e aquelas, além de muitas outras mais, da maior importância para o equilíbrio e o bom desempenho do complexo orgânico, muitas vezes prejudicado pelos vícios diversos, pelos maus pensamentos e atitudes carregadas de ódio, de intemperança, de insensatez.

Ora, nossas atitudes – boas ou más – se abatem sobre o complexo orgânico, beneficiando-o ou prejudicando-o com doenças de variado matiz, o que já pudera ser comprovado, como dito, até mesmo pelas mais rigorosas Ciências do nosso tempo.

E, tal como fora lembrado no início do presente texto, donde: “o processo fere, mas o propósito cura”, notamos que a dor é necessária ao Homem como propósito divino de lhe sanear as mazelas psíquicas, mentais ou espirituais, além, óbvio, de nos fazer crescer eternidade afora!

Mas diga-se, ainda:

Se além de tais dores, nós, ainda, lhes agravamos mais e mais com nossa má conduta, cremos que o resultado de tal não trará vantagem alguma a nós próprios como Espíritos imortais, quando, pelo contrário, nos agrava as dívidas, que, se não forem quitadas neste Mundo, elas haverão de o serem em situações ainda mais inusitadas: num Mundo ainda mais inferior, sombrio, cruel e sanguinário.

Por isto repetimos:

Abrace uma religião, uma filosofia de vida mais saudável, e, pois, mais condizente com as luzes já obtidas pelo Mundo terreno que é detentor, como visto, de excelente informação científica e filosófica acerca das profundidades do Psiquismo humano, que lhe abarca todo um passado, o presente e o seu futuro por construir desde já, quer creia, quer não!

Finalizando, como dizia notável conselheiro:

“Aprendi a agradecer a Deus por todas as coisas. As lutas me ensinaram a ser forte. As dificuldades me ensinaram a ser grande. E, em todos os momentos, Deus me ensinara a viver. Seja sorrindo, seja chorando: é Deus nos fazendo crescer!”. (Chico Xavier).

E, se sofremos, pois, a dor há de ter um propósito divino em nós mesmos, sendo ela, assim, uma bênção de finalidade curativa, que nos faz crescer e nos felicitar: mais hoje, mais amanhã!

Abandone seus vícios, meu irmão!

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita