Razões para
trabalhar mais
Não fôssemos Espíritos ainda fracos e imperfeitos e não
teríamos necessidade de provas e lutas diversas para a
aquisição de fortaleza e burilamento.
Não estivéssemos categorizados por devedores, ante as
Leis do universo, e não nos demoraríamos, aos pés de
nossos credores de existências do pretérito, hoje
transfigurados em familiares difíceis a nos reclamarem
apoio incessante.
Se houvéssemos liquidado todos os problemas decorrentes
de nossas quedas morais do passado, não carregaríamos,
intimamente, os conflitos que nos caracterizam a batalha
oculta, contra as nossas tendências inferiores, a
gerarem as dificuldades emotivas e os sofrimentos
imanifestos, que nos impelem ao conhecimento de nós
mesmos e ao reajuste das próprias forças.
Se já soubéssemos agir com a generosidade dos Espíritos
benevolentes e sábios que nos orientam os destinos, não
andaríamos repetindo lições e recapitulando
experiências, na condição de criaturas falíveis.
Se tivéssemos granjeado a pureza ideal, não estaríamos,
seja na situação de encarnados ou desencarnados, no
clima educativo, mas ainda profundamente conturbado da
Terra, porquanto o nosso domicílio compulsório se
alinharia nos Planos superiores.
Ninguém alegue, assim, embaraço, imperfeição, doença,
ignorância ou inaptidão para deixar de trabalhar,
aprender, aperfeiçoar e servir, de vez que, em argumento
de última instância, é forçoso reconhecer que Deus não
nos concederia a permanência no Planeta Terrestre e nem
nos daria os encargos que a vida nos atribui, se não
confiasse em nosso esforço sincero de corrigenda e
elevação e se não nos considerasse capazes de cooperar
com o Seu infinito Amor, na edificação do mundo melhor.
Do livro O
Evangelho por Emmanuel (Volume I), obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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