O Consolador prometido
Desde que a Humanidade
existe, Deus envia à
Terra mensageiros
diversos, para instruir
o Homem a respeito das
Verdades eternas. Entre
esses mensageiros, três
Espíritos missionários
se constituíram nas três
revelações da Lei
Divina.
A primeira dessas
revelações foi Moisés,
que veio à Terra no
século XIII antes de
Cristo. Na lei mosaica,
distinguem-se duas
partes: a Lei de Deus,
os Dez
Mandamentos, recebidos no
Monte Sinai e a lei
civil ou disciplinar,
decretada por Moisés,
para disciplinar o povo
da época, que agia na
base do olho por olho e
do dente por dente.
A seguir, Jesus veio à
Terra, com a
determinação de dar
cumprimento às leis, não
as destruindo, mas dando
a elas uma nova
interpretação. Os Dez
Mandamentos, Jesus
simplificou em dois
mandamentos principais:
amar a Deus e amar
também o próximo. E as
leis criadas por Moisés,
Jesus as transformou em
leis baseadas da
humildade, na caridade e
no amor ao próximo.
Existem dois aspectos na
passagem de Jesus
na Terra: Jesus como o
Mestre dos Mestres e
Jesus como o Médico das
Almas. Como o Mestre dos
Mestres porque ele foi o
maior de todos os
mestres. E como o Médico
das Almas, porque ele
agiu como um verdadeiro
médico, curando não
apenas o físico, mas
também a alma doente das
pessoas necessitadas.
Jesus ensinava por
parábolas, histórias
criadas nos diversos
momentos em que tinha de
dar um ensinamento, pois
as parábolas constituíam
um meio mais fácil de
compreensão, para a
época. Por isso, ele
prometeu que, entrando
na Vida Maior, pediria
ao Pai a vinda de um
novo Consolador, que
ficaria eternamente
conosco e nos ensinaria
todas as coisas, dando a
elas as interpretações
devidas.
Esse Consolador, o
Espírito de Verdade, é a
Doutrina Espírita, que
veio, na época predita,
cumprir a promessa de
Jesus. O Espiritismo,
pois, levanta o véu
intencionalmente lançado
sobre todos os
mistérios, como também
traz a consolação aos
sofredores da Terra,
atribuindo causa justa e
fim útil a todas as
dores.
Consta que o ensinamento
do Consolador prometido
(João, 14:15 a 17 e 26)
foi proferido no recinto
onde se realizou a
chamada última ceia,
local denominado
cenáculo, conforme o que
está registrado no
Evangelho de Marcos,
14:15, e de Lucas,
22:12. A palavra
cenáculo está também
registrada no livro Ato
dos Apóstolos, 1:13.
Cenáculo era, enfim, um
salão construído em cima
do andar térreo de uma
casa.
Na resposta à pergunta
798 de O Livro dos
Espíritos: O
Espiritismo se tornará
uma crença comum ou será
apenas a de algumas
pessoas? Allan Kardec
diz, após a resposta dos
Espíritos: "As ideias só
se transformam com o
tempo e não subitamente;
elas se enfraquecem de
geração em geração e
acabam por desaparecer
com os que as
professavam e que são
substituídos por outros
indivíduos imbuídos de
novos princípios, como
se verifica com ideias
políticas. Vede o
paganismo; não há
ninguém, certamente, que
professe hoje as ideias
religiosas daquele
tempo; não obstante,
muitos séculos depois do
advento do Cristianismo
ainda havia traços que
somente a completa
renovação das raças pôde
apagar. O mesmo
acontecerá com o
Espiritismo; ele faz
muito progresso, mas
haverá ainda, durante
duas ou três gerações,
um fermento de
incredulidade que só o
tempo fará desaparecer.
Contudo, sua marcha será
mais rápida que a do
Cristianismo, porque é o
próprio Cristianismo que
lhe abre as vias sobre
as quais ele se
desenvolverá.
O Cristianismo tinha de
destruir; o Espiritismo
só tinha de construir".
Numa nota de rodapé do
tradutor Herculano
Pires, ele anota: "O
transcurso do primeiro
século do Espiritismo, a
18 de abril de 1957,
veio confirmar
plenamente essa
extraordinária previsão
de Kardec.
No primeiro século de
seu desenvolvimento, o
Cristianismo era ainda
uma seita obscura e
terrivelmente
perseguida. Somente no
fim do terceiro século
atingiu as proporções de
desenvolvimento e
universalização que o
Espiritismo apresenta no
seu primeiro século. A
marcha do Espiritismo se
fez com muito mais
rapidez, e sua vitória
brilhará mais rápida do
que se espera".
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