Fidelidade e
coerência
kardeciana
Toda convicção
religiosa é
importante,
todavia, se
buscamos a
Doutrina
Espírita, não
podemos
negar-lhe
fidelidade. (1)
Por inúmeras
razões
precisamos
preservar a
pulcritude
doutrinária. Até
porque, ante as
funções
educativas das
crenças
religiosas, em
geral, explica
Emmanuel: só a
Doutrina
Espírita
permite-nos o
livre exame, com
o sentimento
livre de
compressões
dogmáticas, para
que a fé
contemple a
razão, face a
face. (2)
Se as religiões
"preparam" as
almas para
punições e
recompensas no
além-túmulo, só
os conceitos
kardecianos
elucidam que
todos colheremos
conforme a
semeadura que
tenhamos lançado
à vida, sem
qualquer
privilégio na
Justiça Divina.
A Doutrina
codificada por
Allan Kardec nos
oferece a chave
apropriada para
a verdadeira
interpretação do
Evangelho. Por
representar em
si mesmo a
liberdade e o
entendimento.
Há quem
interprete seja
a Terceira
Revelação
obrigada a
miscigenar-se
com todas as
peripécias de
seitas
aventureiras e
com todos os
exotismos
religiosos, sob
pena de fugir
aos impositivos
da fraternidade
que veicula. Mas
temos que
acautelar-nos
sobre esse
lisonjeiro
ecletismo,
buscando
dignificar a
Doutrina que nos
consola e
liberta,
vigiando-lhe a
pureza e a
simplicidade (3)
para que não
colaboremos,
sub-repticiamente,
nos vícios da
ignorância e nos
crimes do
pensamento.
O legado da
tolerância não
se pode
transfigurar na
omissão da
forçosa
advertência
verbal ante as
enxertias
conceituais e
práticas
anômalas que
alguns confrades
intentam impor
nas hostes do
movimento
doutrinário.
Inobstante
repelir as
atitudes
extremas não
devemos abrir
mão da
vigilância
exigida pela
pureza dos
postulados
espíritas e não
hesitemos,
quando a
situação se
impõe, no alerta
sobre a
fidelidade que
devemos ao
Espiritismo e ao
Evangelho.
É importante não
esquecermos que
nas pequeninas
concessões vamos
descaracterizando
o projeto da
Terceira
Revelação. É
óbvio que a luta
pela pureza e
simplicidade
doutrinária sem
vivê-la é
consolidar focos
de perturbação,
impondo normas
para os outros,
despreocupados
da própria
vigília.
Destarte, para
evitarmos
determinadas
práticas
perfeitamente
dispensáveis em
nome do
Espiritismo,
entendamos que a
prática de
fidelidade aos
preceitos
kardecianos é
processo de
aprendizagem com
responsabilidade
nas bases da
dignidade
cristã, sem
quaisquer laivos
de fanatismo,
tendente a
impossibilitar
discussão sadia
em torno de
questões
controversas,
porém não
olvidemos que
espírita deve
ser o nosso
caráter, ainda
mesmo nos
sintamos em
reajuste, depois
da queda,
consoante
recomenda
Emmanuel.
Espírita deve
ser a nossa
conduta, ainda
mesmo que
estejamos em
duras
experiências.
Espírita deve
ser o nome do
nosso nome,
ainda mesmo
respiremos em
aflitivos
combates conosco
mesmo.
Espírita deve
ser o claro
adjetivo de
nossa
instituição,
ainda mesmo que,
por isso, nos
faltem as
passageiras
subvenções e
honrarias
terrestres. (4)
E, ainda,
Emmanuel
admoesta:
Doutrina
Espírita quer
dizer Doutrina
do Cristo. E a
Doutrina do
Cristo é a
doutrina do
aperfeiçoamento
moral em todos
os mundos.
Guarda-a, pois,
na existência,
como sendo a tua
responsabilidade
mais alta,
porque dia virá
em que serás
naturalmente
convidado a
prestar-lhe
contas. (5)
Referências
bibliográficas:
1- Xavier,
Francisco
Cândido. Religião
dos Espíritos,
ditado pelo
Espírito
Emmanuel, RJ:Ed.
FEB, 2003.
2- Idem.
3- Idem.
4- Idem Ibidem.
5- Idem.