O melhor tratado de imunologia
A saúde, na essência, é harmonia de vibrações
“(...) O Evangelho de Jesus é a mais profunda e
perfeita afirmação de alegria e paz que se
conhece”. Joanna de
Ângelis
A saúde é um bem precioso e necessário a todas
as criaturas em sua caminhada evolutiva. Mas,
infelizmente, nas estâncias de provas e
expiações, como é o caso da Terra, são
raríssimas as pessoas que têm juízo suficiente
para lograr e manter saúde perfeita. Os vícios,
os excessos de vária ordem, os despautérios, as
incontinências emocionais grassam infrenes...
Daí os cenários expostos à nossa vista no
proscênio terrestre.
O egoísmo é o “carro-chefe” fomentador
das desgraças humanas.
Para fazer face a todo esse amontoado de
iniquidades, imunizando-nos contra seus efeitos
deletérios, nada melhor do que o conhecimento e
a prática do Evangelho do Cristo,
esse singular e insubstituível tratado de
imunologia colocado ao alcance de todos.
Joaquim Murtinho (Espírito) ensina com sabedoria:
“(...) se
o homem compreendesse que a saúde do corpo é
reflexo da harmonia espiritual, e se pudesse
abranger a complexidade dos fenômenos íntimos
que o aguardam além da morte, certo se
consagraria à vida simples, com o trabalho ativo
e a fraternidade legítima por normas de
verdadeira felicidade.
A escravização aos sintomas e aos remédios não
passa, na maioria das ocasiões, de fruto dos
desequilíbrios a que nos impusemos. Quanto maior
o desvio, mais dispendioso o esforço de
recuperação. Assim também, cresce o número das
enfermidades à proporção que se nos multiplicam
os desacertos, e, exacerbadas as doenças,
tornam-se cada vez mais difíceis e complicados
os processos de tratamento, levando milhões de
criaturas a se algemarem a preocupações e
atividades que adiam, indefinidamente, a
verdadeira obra de educação que o mundo
necessita.
O homem é inquilino da carne, com obrigações
naturais de preservação e defesa do patrimônio
que temporariamente usufrui. Não se compreende
que uma pessoa instruída amontoe lixo e lama, ou
crie insetos patogênicos no próprio âmbito
doméstico. Existe, no entanto, muita gente de
boa leitura e de hábitos respeitáveis, que não
se lhe dá atochar dos mais variados tóxicos a
residência corpórea e que não acha mal no
libertar a cólera e a irritação, de minuto a
minuto dando pasto a pensamentos aviltantes,
cujos efeitos por muito tempo se fazem sentir na
vida diária.
(...) Ninguém é tentado a descansar ou a
edificar-se em recintos empedrados ou
espinhosos. Assim também, a palavra agradável
que proferimos ou recebemos, as manifestações de
simpatia, as atitudes fraternais e a compreensão
sempre disposta a auxiliar, constituem recursos
medicamentosos dos mais eficientes, porque a
saúde, na essência, é harmonia de vibrações. Portanto,
quando nossa alma se encontra realmente
tranquila, o veículo que lhe obedece está em
paz. A mente aflita despede raios de energia
desordenada que se precipitam sobre os órgãos, à
guisa de dardos ferinos, de consequências
deploráveis para as funções orgânicas. O homem
comumente apenas regista efeitos, sem consignar
as causas profundas... E que dizer das paixões
insopitadas, das enormes crises de ódio e de
ciúme, dos martírios ocultos do remorso, que
rasgam feridas e semeiam padecimentos
inomináveis na delicada constituição da alma?
Que dizer da hórrida multidão dos pensamentos
agressivos duma razão desorientada, que tantos
malefícios trazem, não só ao indivíduo, mas,
igualmente, aos que se achem com ele
sintonizados? (...) Caracteriza-se a mente
também por peso específico, e é na própria massa
do Planeta que o homem enrodilhado em
pensamentos inferiores se demorará, depois da
morte, no serviço de purificação.
Os instrutores religiosos, mais do que
doutrinadores, são médicos do Espírito que
raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto
na carne. Os ensinamentos da fé constituem
receituário permanente para a cura positiva das
antigas enfermidades que acompanham a alma,
século após século.
Todos os sentimentos que nos ponham em
desarmonia com o ambiente, onde fomos chamados a
viver, geram emoções que desorganizam, não só as
colônias celulares do corpo físico, mas também o
tecido sutil da alma, agravando a anarquia do
psiquismo. Qualquer criatura, conscientemente ou
não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe
são peculiares nas atividades do meio em que
vive. Atrai e repele. Do modo pelo qual se
utiliza de semelhantes forças depende, em grande
parte, a conservação dos fatores naturais de
saúde. O Espírito rebelde ou impulsivo que foge
às necessidades de adaptação assemelha-se a um
molinete elétrico, armado de pontas, cuja
energia carrega e, simultaneamente, repele as
moléculas do ar ambiente; assim, esse Espírito
cria em torno de si um campo magnético sem
dúvida adverso, o qual, a seu turno, há de
repeli-lo, precipitando-o numa roda-viva por ele
mesmo forjada.
Transformando-se
em núcleo de correntes irregulares, a mente
perturbada emite linhas de força, que
interferirão como tóxicos invisíveis sobre o
sistema endocrínico, comprometendo-lhe a
normalidade das funções. Mas não são somente a
hipófise, a tireóide ou as cápsulas suprarrenais
as únicas vítimas da viciação. Múltiplas
doenças surgem para a infelicidade do Espírito
desavisado que as invoca. Moléstias como o
aborto, a encefalite letárgica, a esplenite, a
apoplexia cerebral, a loucura, a nevralgia, a
tuberculose, a coreia, a epilepsia, a paralisia,
as afecções do coração, as úlceras gástricas e
as duodenais, a cirrose, a icterícia, a histeria
e todas
as formas de câncer podem nascer dos
desequilíbrios do pensamento.
Em muitos casos, são inúteis quaisquer recursos
medicamentosos, porquanto só a modificação do
movimento vibratório da mente, à base de ondas
simpáticas, poderá oferecer ao doente as
necessárias condições de harmonia.
Geralmente, a desencarnação prematura é o
resultado do longo duelo vivido pela alma
invigilante; e mesmo após o decesso físico esses
conflitos prosseguem na profundeza da
consciência, dificultando a ligação entre a alma
e os poderes restauradores que governam a vida.
A extrema vibratilidade da alma produz estados
de hipersensibilidade, os quais, em muitas
circunstâncias, se fazem seguir de verdadeiros
desastres organopsíquicos. O pensamento,
qualquer que seja a sua natureza, é uma energia,
tendo, conseguintemente, seus efeitos.
Se o homem cultivasse a cautela, selecionando
inclinações e reconhecendo o caráter positivo
das leis morais, outras condições, menos
dolorosas e mais elevadas, lhe presidiriam à
evolução. É imprescindível, porém, que a
experiência nos instrua individualmente. Cada
qual em seu roteiro, em sua prova, em sua
lição...
Com o tempo aprenderemos que se pode considerar
o corpo como o “prolongamento do Espírito”, e
aceitaremos no
Evangelho do Cristo o melhor tratado de
imunologia contra todas as espécies de
enfermidade. Entanto, até alcançarmos esse
período áureo da existência na Terra,
continuemos estudando, trabalhando e
esperando...”