Espera, coração
Sombra e desolação… Foge a promessa
Do último sonho, sob o céu nevoento…
Trazes agora a dor do pensamento,
Em que a noite das lágrimas começa.
O fel no peito é qual vulcão violento,
Cujo rugido lúgubre atravessa
A natureza que se processa
À custa de aflição, granizo e vento!…
Se a provação te envolve em desventura,
Não te amedronte a imensa estrada escura,
Acende a fé no amor que te alumia…
E, embora a angústia da alma atormentada,
Espera, coração, que a madrugada
Fará nascer o sol do novo dia!…
Do livro Vereda de luz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.