Virtudes e
evolução
“Embora ninguém
possa voltar
atrás e fazer um
novo começo,
qualquer um pode
começar agora e
fazer um novo
fim.” Chico
Xavier
As reencarnações
oferecem-nos as
oportunidades de
crescimento
compatíveis com
o nosso grau
evolutivo. A
aquisição das
virtudes que nos
elevam o
espírito exigem
vontade e
perseverança.
Para Aristóteles
(384 a.C-322
a.C), no livro
Ética a Nicômaco,
a definição de
virtude é de
“hábitos dignos
de louvor”. É
uma disposição
para a prática
do bem que se
adquire com o
hábito.
Ele dá ênfase
especial às
virtudes que nos
remetem à
felicidade.
Segundo o
filósofo, “a
felicidade
consiste em uma
atividade da
alma conforme a
virtude. É o bem
supremo que tem
um fim em si
mesmo, sendo
almejado por
todos. O que
constitui a
felicidade são
as ações
virtuosas e as
atividades
viciosas
conduzem o
contrário”. Diz,
ainda: “as
virtudes
configuram-se em
hábitos capazes
de levar alguém
à excelência, ao
que há de melhor
na condição
humana”.
Essa vertente
evolutiva de
ordem moral é
dificultada
fortemente por
conta do egoísmo
e orgulho, que
são as mazelas
que trazemos das
vidas pretéritas
e que buscamos
repetir por
terem sido os
hábitos do
passado. São
esses arquétipos
modelos
guardados em
nossa memória
que marcam
profundamente o
ser
reencarnante,
sendo preciso
que todos
realizem uma
reeducação no
modo de pensar e
agir,
decorrentes das
experiências
pelas quais
passarão.
Tendo
consciência
dessa
necessidade
pelos
conhecimentos
adquiridos
através do
Evangelho de
Cristo, caberá a
cada um esse
trabalho
constante, para
que possamos
adquirir as
virtudes
promissoras que
trarão as
modificações
necessárias para
a evolução
pretendida. Em O
Livro dos
Espíritos,
questão 630,
encontramos:
“Como se pode
distinguir o bem
do mal?” - “O
bem é tudo o que
é conforme à lei
de Deus; o mal,
tudo o que lhe é
contrário.
Assim, fazer o
bem é proceder
de acordo com a
lei de Deus.
Fazer o mal é
infringi-la.”
É preciso,
também, ter em
mente que as
dificuldades do
percurso fazem
parte das provas
e expiações
dolorosas que
precisamos
admitir como
experiências
regeneradoras
que equivalem à
lapidação do
diamante bruto,
para que venha a
reluzir a sua
luz. Observemos
o contido em
Mateus 5:16:
“Assim brilhe
também a vossa
luz diante dos
homens, para que
vejam as vossas
boas obras e
glorifiquem a
vosso Pai que
está nos céus”.
Regidos que
somos pelas Leis
Naturais, a Lei
do Progresso é
um processo
evolutivo e
imperioso do
qual nenhum de
nós pode
afastar-se por
tempo
indefinido. Pode
ocorrer
resistência em
aceitá-la, porém
um dia aqueles
que persistem na
teimosia cederão
à Lei maior.
No livro Pensamento
e Vida,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
pg.8, pelo
Espírito
Emmanuel, temos:
(...)
“Lembremo-nos de
que o Eterno
Benfeitor, em
sua lição
verbal, fixou na
forma imperativa
a advertência a
que nos
referimos:
Brilhe vossa
luz. Isso quer
dizer que o
potencial de luz
do nosso
espírito deve
fulgir em sua
grandeza plena.
E semelhante
feito somente
poderá ser
atingido pela
educação que nos
propicie o justo
burilamento”.
Encontramos,
ainda, no livro Lázaro
Redivivo,
pg.78,
psicografia de
Francisco
Candido Xavier,
pelo Espírito
Irmão X: (...)
“A evolução é
obra paciente
dos séculos e
alguns dias de
experiência,
quais os que se
verificam na
carne, desde o
berço risonho ao
sepulcro
sombrio, não
bastam à
iluminação
efetiva da
alma”. (As
virtudes
espelham a
grandeza d´alma.)