Reconciliar com o adversário o mais
depressa possível
“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso
adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que
ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao
ministro da justiça e não sejais metido em prisão.
Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não
houverdes pago o último ceitil.” (Mateus,
5:25-26)
No martírio, Jesus perdoou a humanidade inteira,
inclusive os algozes, exemplificando seus ensinamentos: “porque,
se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso
Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos
homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas
ofensas” (Mateus 6: 14-15).
“Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos
que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem”,
tem-se a lei suprema do Amor, do perdão e da caridade,
essências da perfeição.
Amar os inimigos, os que odeiam ou os que perseguem
passa pelo perdão. Do amor ao próximo até amar os
inimigos, mede-se a evolução moral, donde decorre o grau
da perfeição. Foi por isso que Jesus, depois de haver
dado a seus discípulos as regras, lhes disse: “sede
perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial”.
A luta da vida, como processo educativo, oferece
oportunidades para semearmos o bem, evitando o mal, quer
na Terra como no Céu. Empenhados nesse propósito, é
comum termos que enfrentar no caminho adversários, que
podem ser pessoas que têm antipatia por nós, que se
apresentam como antagonistas, ou até mesmo inimigos
declarados. Os adversários, em qualquer contexto,
representam provações perigosas de infiltração do mal.
Há de se considerar, ainda, a presença dos “inimigos” que
cada um traz dentro de si, representados pelas próprias
imperfeições, más tendências e outras deficiências que
conspiram contra a saúde, obliterando a manifestação da
felicidade integral: física, emocional e espiritual. Os
pontos negativos que imperam em nosso psiquismo são
elementos complexos que precisam ser desativados, pois
conspiram, continuamente, contra a nossa paz de
Espírito, nos atormentando a existência.
Perante qualquer adversário devemos dar sempre o bem
pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela
indiferença. A grande vitória será transformar
adversários em amigos. Se o adversário lhe provoca, não
desprezes a hora de trabalhar pela vitória da luz. Siga
o seu caminho com mansidão e paz, sempre atento aos seus
próprios deveres.
Se amar o próximo constitui o princípio da caridade,
amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse
princípio, porquanto a posse de tal virtude representa
uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o
orgulho. Assim, amemos uns aos outros para sermos
felizes, amemos sobretudo os que nos inspiram
indiferença, ódio ou desprezo.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA.
KARDEC, Allan; tradução de Guillon
Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª
Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira,
2019.
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