Cada um é o que se faz
Particularmente, admiro as pessoas progressistas que
conheço. Curiosamente, são bem humoradas e confiantes no
futuro, duas características (dentre tantas) que me
agradam e que acho fundamentais para o bem viver. Além
disso, noto nelas a verdadeira preocupação com o próximo
e isso para mim diz muito.
Ao interagir com o mundo as pessoas expressam o que são,
expondo os traços do seu estágio intelectual, emocional,
espiritual, enfim a sua personalidade.
A pessoa não é de um jeito ou de outro por acaso. Além
da bagagem própria do seu Espírito, que na realidade
constitui a sua história de vida, reflete os estímulos
que recebe desde que nasce. O meio exerce fortíssima
influência. As pessoas no seu entorno, o empenho
educacional que recebe, e outras tantas questões darão a
ela elementos para fazer suas escolhas com maior ou
menor qualidade.
Há ainda um fator que se deve considerar no campo das
influências. O espiritual. Os Espíritos não fazem
escolhas e nem tomam decisões por nós, mas interagem o
tempo todo conosco. Aqueles que aceitam esse fato, o
levam em consideração na sua conduta, desde logo, “assim
que se reconhecem por gente”.
Essas variáveis de influência afetam a todos, mas não da
mesma maneira e intensidade. No fundo, o que mais revela
o indivíduo são as predisposições que traz sedimentadas
em si quando reencarna: o que já acumulou em experiência
e aprendizado.
Aí é que entra a função da vida na Terra: somar valores,
ampliar conhecimento, aumentar a bagagem pessoal,
melhorar o histórico de vida. Em suma, construir bem o
próprio destino. Embora haja muitas vidas, muitas
chances para isso, perder tempo agora que estamos aqui é
um prejuízo enorme.
Fico observando como agem as pessoas amargas,
mentirosas, que não conseguem se ocultar atrás da
própria ignorância, ao contrário, parecem se orgulhar
dela. Sinto piedade. Tenho certeza que se sentem
infelizes, decepcionadas consigo mesmas, e que gostariam
de conviver com pessoas mais preparadas, mais
inteligentes, fraternas, de alto astral, mas por não
compreendê-las e não se sentirem bem no seu convívio,
agridem a sociedade.
Embora as exigências da vida de relação nos obriguem a
conviver com a diversidade de caracteres, confesso, sem
nenhum preconceito, que prefiro estar junto de pessoas
educadas, amistosas, pacíficas, generosas, que valorizam
a vida e o ser humano no que ele tem de melhor.
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