Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Religião pura

 

“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago, 1,27)

 

Religião, diante das criaturas humanas, pode envolver atitudes diversas:

Polemicar em torno dos atributos de Deus…

Aditar interpretações individuais às revelações sublimes…

Centralizar a mente na exegese…

Consumir a existência em casuísmo…

Reexaminar princípios veneráveis em horas certas…

Atender a ritualismo…

Enriquecer a simbologia…

Adotar posturas convencionais…

Cultivar penitências vazias…

Levantar monumentos de pedra…

Ninguém nega que essas manifestações deixam de ser atestados de religião e religiosidade entre nós outros, as criaturas encarnadas e desencarnadas na Terra; e ninguém recusa o valor relativo que apresentem para determinadas pessoas, em certos estágios da evolução.

Entretanto, o Evangelho nos ensina que a religião pura, diante de Deus, é outra coisa.

Tiago traça a definição correta, afirmando: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.”

Em suma, a religião irrepreensível da alma, perante a Divina Providência, segundo no-lo confirma a Doutrina Espírita em seus postulados, repousa, acima de tudo, no serviço ao próximo e no caráter ilibado, ou melhor, na caridade incessante e na tranquilidade da consciência.

 

Do livro Palavras de vida eterna, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita