Nosso tempo para Deus
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de
beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de
vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo
mais do que o vestuário?” (Mateus 6:25)
Na turbulência da vida e pelos acontecimentos que
observamos no cotidiano, o ser humano praticamente não
reserva um tempo para Deus. Isso reflete o nível do
nosso estado evolutivo, pois, como é sabido, a
verdadeira vida transcende ao corpo físico. Contudo
priorizamos a vida material em dissonância com a nossa
real necessidade no âmbito espiritual.
Vejamos o que diz Marlene Nobre no livro Lições de
Sabedoria, pg. 156: ”(...) Por que é tão difícil ao
ser humano conscientizar-se em pensamento e obras, de
que as ilusões materiais são transitórias, enganadoras
enquanto só o que vem de Deus é imperecível? R - Cremos
que o problema é de maturidade espiritual (...)”.
No livro O Despertar do Espírito, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
pg. 5, encontramos: “O ser humano é uma complexidade de
valores transcendentes que se mesclam em profundidade,
possuindo suas matrizes nas inexauríveis Fontes da Vida
Cósmica”.
A cada elevação mental conectando-nos com Deus
corresponderá a aquisição de forças que nos direcionam
para a nossa evolução. Nesse processo de transformação
contínua estaremos vivenciando experiências que se somam
e nos favorecem para o equilíbrio mental e crescimento,
já que estamos no orbe terrestre com a finalidade
precípua de progredir.
O nosso complexo biopsíquicoespiritual constitui-se num
campo energético-vibracional que nos imanta naqueles de
mesmo padrão. Diante disso, a nossa relação com o
Criador dar-se-á em razão da qualidade daquilo que
pensamos. As semelhanças se atraem e precisamos depurar
nossos pensamentos para que sejamos assistidos e
acompanhados por Espíritos que nos elevem e ajudem na
caminhada infinita...
Colhemos no livro Paz e Renovação, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, por diversos Espíritos,
capítulo 38 – Agradecemos a Deus-, pg. 43, este texto de
Emmanuel: “Necessário conservar o coração agradecido a
Deus para que as aflições não nos deteriorem os
sentimentos. Para isso, é forçoso procurar o lado melhor
das cousas e ocorrências, a outra face das pessoas
e circunstâncias”.
O cultivo da religiosidade estimula a nossa fé e
fortalece o sentimento de esperança. Cabe, ainda, nessa
prática a resignação para os fatos que podem nos
incomodar. Resignados, teremos condições de avaliá-los
com mais atenção e concluiremos que muitos deles são
lições que a vida nos oferece para aprimorarmos o nosso
aprendizado, sendo oportunidades que necessitamos
vivenciar não deixando de aproveitá-las.
As reencarnações são efêmeras se considerarmos a
eternidade... Mas não se justifica negligenciarmos essa
dádiva que Deus nos concede para nossa evolução. É
preciso despertar para a verdadeira vida com a mudança
dos nossos hábitos, que decorrerá dos propósitos que
temos para nossas existências.
Nos dias de hoje, as condições de aprendizado são
inúmeras e não devemos nos omitir dessas facilidades.
Falta-nos, sim, vontade para impulsionarmos as nossas
práticas visando à vida futura no mundo espiritual. A
perda de tempo sempre será motivo de lastimação. O tempo
perdido não retornará jamais...
Na revista Reformador, No. 259 – junho de 2017,
temos: “(...) O fundamental, em relação ao tempo, será o
bom aproveitamento para o aprimoramento e evolução do
Espírito imortal, que é capaz, pelo esforço constante,
de realizar grandes conquistas em muitas dimensões em si
mesmo. Daí o convite para o equilíbrio entre os deveres
materiais e os deveres espirituais”. (A
reencarnação é um processo de constante reeducação.)