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por Roque Roberto Pires de Carvalho

 

Observações de um aprendiz curioso    


Desde 2012 tive a oportunidade de frequentar Centros Espíritas, conhecer a importância do passe e da água fluidificada, assistir a palestras e participar de estudos da Doutrina dos Espíritos, mas, apesar dos onze anos passados, continuo aprendiz e acredito mesmo que nesta encarnação dificilmente vou alcançar o patamar da melhoria; não obstante, acredito poder registrar aqui minhas impressões ao raciocinar com a lógica doutrinária exposta por Allan Kardec em suas obras, corroboradas por outros tantos luminares como Léon Denis, Joanna de Ângelis, Hermínio C. Miranda, Manoel  Philomeno de Miranda, Yvonne A. Pereira e os trabalhos decorrentes das psicografias de Divaldo Franco e Chico Xavier.

Desde os tempos das escolas de ensino médio fui desenvolvendo meu temperamento questionador, curioso, impulsivo, querendo respostas para ontem. Mas a vida ensina aos que realmente querem aprender. Hoje, ao longo do tempo, nem todas as minhas perguntas foram respondidas satisfatoriamente pelas pessoas, mas pelas próprias experiências, encontros e desencontros, ganhos e perdas. E digo mais: obtive respostas mais aceitáveis, razoáveis e satisfatórias dentro do Livro Espírita. Para isso tive que reduzir um pouco a minha pressa e a impulsividade, para aprender não somente a ler como a estudar e reestudar os temas espíritas e fazer comparações com outros livros profanos, “para extrair a verdade que hoje considero libertadora”.

Ao leitor que, curioso também das minhas observações, espera ansioso, apresento a primeira e muito importante revelação desde Allan Kardec, quando, ao reunir dados para a elaboração dos Livros Espíritas, foi advertido muitas vezes por Espíritos Guias a respeito de inserções quase imperceptíveis, implantes de ideias duvidosas ou interpretações variadas, que Espíritos perturbadores da ordem e do progresso moral impunham ao codificador, tentando dessa maneira desacreditar tanto Kardec quanto o Espiritismo. (Veja a respeito o livro Obras Póstumas, de Allan Kardec.)

Levando em consideração as advertências dos Espíritos, que são os verdadeiros autores dos livros da Codificação Espírita, Kardec revia, reestudava, excluía, refazia tantas vezes quanto necessárias para extrair e, assim, publicar a verdade.

Visitando e consultando bibliotecas e livrarias espíritas, percebo que nem toda obra que se diz mediúnica e espiritualista é realmente livre de interferência dos inimigos da luz. Há que desenvolver um espírito de observação crítico, analítico e suspeitoso, recordando que o próprio Allan Kardec publicou a célebre advertência do Espírito de Erasto: “Melhor recusar 10 verdades do que aceitar uma mentira”. Pois a verdade tem vida própria, ela condiz com a eternidade, enquanto a mentira é ilusão e se esvai sob a luz da verdade. A mentira cria cadeias, a Verdade Liberta!

Nos Centros Espíritas que tive a oportunidade de frequentar fui recebendo sugestões de leitura, registrando títulos e autores, alguns específicos para o meu caso de aprendiz ou principiante espírita e que são os seguintes:

- A obra de Allan Kardec a partir de O Livro dos Espíritos;

- Obra de Francisco Cândido Xavier;

-´Obra de Divaldo Pereira Franco;

- Obra de Yvonne do Amaral Pereira;

- Obra de André Luiz;

- Obra de José Herculano Pires;

- Obra de Hermínio C. Miranda

- Obra da Dra. Marlene Nobre;

- Obra de Dr. Jorge Andrea dos Santos e

- Obra de Léon Denis.

Conversando com amigos médiuns, recebi o alerta de que muitas bibliotecas e livrarias existentes em Centros Espíritas oferecem catálogo imenso de livros indicados por Editoras, sem analisá-los à luz da verdade.

São livros que caem feito cachoeira, ditos mediúnicos, que fascinam os iniciantes, com falsas e ilusórias revelações, usando como atrativo a forma romanceada que agrada àqueles que gostam de novelas banais, livros sem valor doutrinário e com influência dos espíritos das trevas revestidos de autoridade moral elevada, que são os “falsos profetas da erraticidade”.

Por oportuno e finalizando: - Se, andando com Jesus, seus discípulos caíam nas malhas das tentações, imagine os que se distanciam do Mestre, se não caem em precipícios?

E relembrando João Evangelista, que também há 2.000 anos havia observado a interferência dos espíritos falidos em nossas Instituições, meditemos no que ele escreveu: “Não acrediteis em todos os espíritos! observai antes se eles são de Deus!” 


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita