Observações de um aprendiz
curioso
Desde 2012 tive a oportunidade de frequentar
Centros Espíritas, conhecer a importância do
passe e da água fluidificada, assistir a
palestras e participar de estudos da Doutrina
dos Espíritos, mas, apesar dos onze anos
passados, continuo aprendiz e acredito mesmo que
nesta encarnação dificilmente vou alcançar o
patamar da melhoria; não obstante, acredito
poder registrar aqui minhas impressões ao
raciocinar com a lógica doutrinária exposta por
Allan Kardec em suas obras, corroboradas por
outros tantos luminares como Léon Denis, Joanna
de Ângelis, Hermínio C. Miranda, Manoel Philomeno
de Miranda, Yvonne A. Pereira e os trabalhos
decorrentes das psicografias de Divaldo Franco e
Chico Xavier.
Desde os tempos das escolas de ensino médio fui
desenvolvendo meu temperamento questionador,
curioso, impulsivo, querendo respostas para
ontem. Mas a vida ensina aos que realmente
querem aprender. Hoje, ao longo do tempo, nem
todas as minhas perguntas foram respondidas
satisfatoriamente pelas pessoas, mas pelas
próprias experiências, encontros e desencontros,
ganhos e perdas. E digo mais: obtive respostas
mais aceitáveis, razoáveis e satisfatórias
dentro do Livro Espírita. Para isso tive que
reduzir um pouco a minha pressa e a
impulsividade, para aprender não somente a ler
como a estudar e reestudar os temas espíritas e
fazer comparações com outros livros profanos,
“para extrair a verdade que hoje considero
libertadora”.
Ao leitor que, curioso também das minhas
observações, espera ansioso, apresento a
primeira e muito importante revelação desde
Allan Kardec, quando, ao reunir dados para a
elaboração dos Livros Espíritas, foi advertido
muitas vezes por Espíritos Guias a respeito de
inserções quase imperceptíveis, implantes de
ideias duvidosas ou interpretações variadas, que
Espíritos perturbadores da ordem e do progresso
moral impunham ao codificador, tentando dessa
maneira desacreditar tanto Kardec quanto o
Espiritismo. (Veja
a respeito o livro Obras Póstumas, de
Allan Kardec.)
Levando em consideração as advertências dos
Espíritos, que são os verdadeiros autores dos
livros da Codificação Espírita, Kardec revia,
reestudava, excluía, refazia tantas vezes quanto
necessárias para extrair e, assim, publicar a
verdade.
Visitando e consultando bibliotecas e livrarias
espíritas, percebo que nem toda obra que se diz
mediúnica e espiritualista é realmente livre de
interferência dos inimigos da luz. Há que
desenvolver um espírito de observação crítico,
analítico e suspeitoso, recordando que o próprio
Allan Kardec publicou a célebre advertência do
Espírito de Erasto: “Melhor recusar 10 verdades
do que aceitar uma mentira”. Pois a verdade tem
vida própria, ela condiz com a eternidade,
enquanto a mentira é ilusão e se esvai sob a luz
da verdade. A mentira cria cadeias, a Verdade
Liberta!
Nos Centros Espíritas que tive a oportunidade de
frequentar fui recebendo sugestões de leitura,
registrando títulos e autores, alguns
específicos para o meu caso de aprendiz ou
principiante espírita e que são os seguintes:
- A obra de Allan Kardec a partir de O Livro
dos Espíritos;
- Obra de Francisco Cândido Xavier;
-´Obra de Divaldo Pereira Franco;
- Obra de Yvonne do Amaral Pereira;
- Obra de André Luiz;
- Obra de José Herculano Pires;
- Obra de Hermínio C. Miranda
- Obra da Dra. Marlene Nobre;
- Obra de Dr. Jorge Andrea dos Santos e
- Obra de Léon Denis.
Conversando com amigos médiuns, recebi o alerta
de que muitas bibliotecas e livrarias existentes
em Centros Espíritas oferecem catálogo imenso de
livros indicados por Editoras, sem analisá-los à
luz da verdade.
São livros que caem feito cachoeira, ditos
mediúnicos, que fascinam os iniciantes, com
falsas e ilusórias revelações, usando como
atrativo a forma romanceada que agrada àqueles
que gostam de novelas banais, livros sem valor
doutrinário e com influência dos espíritos das
trevas revestidos de autoridade moral elevada,
que são os “falsos profetas da erraticidade”.
Por oportuno e finalizando: - Se, andando com
Jesus, seus discípulos caíam nas malhas das
tentações, imagine os que se distanciam do
Mestre, se não caem em precipícios?
E relembrando João Evangelista, que também há
2.000 anos havia observado a interferência dos
espíritos falidos em nossas Instituições,
meditemos no que ele escreveu: “Não acrediteis
em todos os espíritos! observai antes se eles
são de Deus!”