A verdade é luz; entretanto, o amor é a
própria vida
Esta reflexão tem como foco as palavras do Espírito
Emmanuel, no livro “Verdade e amor”, na psicografia de
Francisco Cândido Xavier, em “Amor e verdade”, nas quais
sintetiza: “A Verdade é Luz. Entretanto, o Amor é a
própria Vida.”
No mesmo livro, Emmanuel, em “Verdade e amor”, disse:
“Ama, desta forma, hoje e sempre!… Ama, auxiliando e
servindo, aprendendo e sublimando, e assimilarás a
excelsa lição do Amigo invariável que, à frente da
Verdade, colocou o Sol divino do Amor, para que nossas
almas não se percam nas sombras da peregrinação
redentora, sustentando-se em plena ascensão para a vida
eterna.”
Em tão poucas palavras, Emmanuel resume as nossas
tarefas na busca da perfeição, colocando verdade e amor
lado a lado, como essenciais e complementares para se
empreender caminhadas sublimes de aprendizados, serviços
e progressos.
Conhecendo a verdade divina, ela iluminará a alma,
criando condições para se libertar das impurezas e dos
sentimentos inferiores, despertando-a para as coisas de
Deus.
Entretanto, o que realmente impulsionará a evolução
moral e espiritual é a prática do verdadeiro amor,
ensinado e exemplificado pelo Mestre Jesus. Não adianta
conhecer a verdade divina se não a praticar com
caridade. Seria algo semelhante ao que disse Tiago: “...
a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma”
(Tiago, 2:17). Por esse motivo, o Espiritismo tem por
lema “fora
da caridade não tem salvação”,
em que todos os deveres do homem se resumem nesta
máxima.
Jesus revelou a verdade divina pela Palavra que liberta
aqueles que creem e praticam os seus ensinamentos e
exemplos como roteiros de vida.
A verdade nos libertará à medida que evoluirmos e
adquirirmos a capacidade de compreendê-las no serviço
dignificante da prática do bem, do amor e da caridade
junto aos nossos semelhantes.
A libertação pela verdade é longo processo pelo trabalho
incessante na prática do amor ao próximo como a si
mesmo. É a prática do puro amor, sem esperar
retribuição, reconhecimento e gratidão. É o amor pelo
amor, que perdoa, faz caridade, tem misericórdia e
piedade, não é orgulhoso e tampouco egoísta.
À medida que o ser humano busca planos mais elevados da
vida, o amor transcende, assumindo outras modalidades de
amor, chegando até a amar como Jesus amou. O Cristo amou
incondicionalmente: amou amigos e inimigos, os bons e
maus, os justos e pecadores.
Não basta amar os que nos amam, fazer bem aos que nos
fazem bem. A lógica do amor não é retributiva, em que
somente damos amor a quem nos deu amor, como uma
transação comercial, mas sim doar amor em abundância, o
amor fraterno universal que irradia e multiplica.
Do amor ao próximo até amar os inimigos, mede-se a
evolução moral, donde decorre o grau da perfeição, como
disse Jesus: “sede perfeitos, como perfeito é vosso
Pai celestial”.
Assim, o amor verdadeiro, princípio da vida universal,
força inesgotável de renovação, transcende a tudo,
desabrochando em outras formas variadas de amor, até
sublimar no amor que conduz à perfeição. Por isso o
Espírito Benfeitor disse: “A Verdade é Luz.
Entretanto, o Amor é a própria Vida.”
Com fé em Deus, confiança no amor do Cristo e
entregando-se ao trabalho de renovação espiritual, com
bom ânimo, alcançaremos a força espiritual necessária
para superar as montanhas de dificuldades que surgem no
caminho.
Iluminados pela verdade e praticando o amor de
fraternidade universal, seremos instrumentos divino,
cooperando na obra de elevação moral e espiritual do
mundo.
Num esforço coletivo, Jesus nos convoca resplandecer a
luz das nossas conquistas evolutivas em benefício dos
companheiros de jornada, estendendo-lhes as mãos no
sentido de caminharmos juntos em direção ao Pai.
O momento atual é de perseverança e vigilância para não
se desviar do caminho do bem e do amor. Momento de
transição planetária, quando se cumprirão as coisas
anunciadas para a transformação da Humanidade.
Permanecendo na Palavra, conhecendo a verdade divina,
que ilumina e liberta a alma, e praticando o amor
ensinado e exemplificado pelo Cristo, a perseverança e a
vigilância surgem como essenciais preceitos de conduta
nas lutas renovadoras, das quais somos convocados a
fazer as escolhas mais acertadas em prol dos mais
elevados sentimentos de fraternidade universal, pela
prática da caridade para com nós mesmos e para com os
nossos semelhantes.
Bibliografia:
BIBLIA SAGRADA.
EMMANUEL (Espírito); na psicografia de
Francisco Cândido Xavier. Verdade e amor. 1ª
Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira,
2015.
KARDEC, Allan; tradução de Guillon
Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª
Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira,
2019.
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