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por Altamirando Carneiro

 

Jesus e a samaritana

O encontro de Jesus com a samaritana está relatado no capítulo 4, versículos 1 a 30, do Evangelho de João: 

"Deixando a Judeia, Jesus, junto com seus discípulos, foi outra vez para a Galileia. Era necessário passar pela Samaria. Foi, então, para a cidade da Samaria chamada Sicar, em terras que o patriarca Jacó havia dado a seu filho José.

Era a hora sexta (meio dia). Estavam na fonte de Jacó. Cansado do caminho, Jesus assentou-se junto da fonte, quando veio uma mulher da Samaria tirar água. 

– Dá-me de beber – pediu Jesus (seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida). 

Responde-lhe a mulher samaritana:

– Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).

Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o reino de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. 

Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde pois tens a água viva? És tu maior que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?

Jesus respondeu-lhe, e disse: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna. 

Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la."

A água viva da qual Jesus falou são os seus ensinamentos. Enquanto não tivermos bebido dessa água viva, estaremos na situação dos que vagam pela vida, sem um norteamento seguro que nos dá o aprendizado e a exemplificação das lições de Jesus. 

Na sequência do diálogo, Jesus diz à samaritana que Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade, ou seja, a adoração sem manifestações exteriores, mas com o desprendimento, a prática do amor e das ações beneméritas. 

Nesse encontro, Jesus mostra que a adoração a Deus pode ser feita em qualquer lugar, a qualquer hora, nas mais diversas condições e circunstâncias, pois a adoração deve ser praticada com o coração e não com os olhos. Enfim, como já acentuamos, a adoração a Deus é a que é representada pela prática das boas obras, pelo socorro fraterno, pelas lágrimas enxugadas, pela fome saciada, pela nudez vestida.  

Interessante lembrar os versículos 34 e 35 do capítulo 25 do Evangelho de Mateus:

"Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me".

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita