O
cogente ato de
orar
A rigor, a
eletricidade é
energia
dinâmica; o
magnetismo é
energia
estática; o
pensamento é
força
eletromagnética.
Muito se tem
dito a respeito
da prece, mas
muito pouco
ainda conhecemos
do seu mecanismo
de
funcionamento.
Por isso mesmo,
pouco a
valorizamos, e
por vezes até a
esquecemos.
Muitas vezes
surgem aqueles
que contestam a
eficácia da
prece, alegando
que, pelo fato
de Deus conhecer
as necessidades
humanas,
torna-se
dispensável o
ato de orar,
pois sendo o
Universo regido
por leis sábias
e eternas, as
súplicas jamais
poderão alterar
os desígnios do
Criador
No entanto, não
pode perder de
mira a assertiva
do Mestre: O
que quer que
seja que
pedirdes na
prece crede que
obtereis, e vos
será concedido.
As preces que
fazemos não irão
desviar-nos de
nossos problemas
e desilusões,
mas elas são um
bálsamo
reconfortante
para a nossa
alma enfermiça,
pois faz-nos
penetrar em
estados de suave
sossego e gozos
que somente
aquele que ora é
capaz de
decifrar.
Tem, assim, a
prece o inefável
dom de dar-nos
forças para
suportarmos
lutas e
problemas,
internos e
externos, de
colocar-nos em
posição de
vencermos
obstáculos que,
antes, pareciam
irremovíveis.
A prece,
qualquer que ela
seja, é ação
provocando a
reação que lhe
corresponde.
Conforme a sua
natureza, paira
na região em que
foi emitida ou
eleva-se mais,
ou menos,
recebendo a
resposta
imediata ou
remota, segundo
as finalidades a
que se destina.
Desejos banais
encontram
realização
próxima na
própria esfera
em que surgem.
Impulsos de
expressão algo
mais nobre são
amparados pelas
almas que se
enobreceram.
Ideais e
petições de
significação
profunda na
imortalidade
remontam às
alturas.
Cada prece,
tanto quanto
cada emissão de
força, se
caracteriza por
determinado
potencial de
frequência e
todos estamos
cercados por
Inteligências
capazes de
sintonizar com o
nosso apelo, à
maneira de
estações
receptoras.
Sabemos que a
Humanidade
Universal, nos
infinitos mundos
da grandeza
cósmica, está
constituída
pelas criaturas
de Deus, em
diversas idades
e posições. No
Reino
Espiritual,
compete-nos
considerar
igualmente os
princípios da
herança. Cada
consciência, à
medida que se
perfeiçoa e se
santifica,
aprimora em si
qualidades do
Pai Celestial,
harmonizando-se,
gradativamente,
com a Lei.
Quanto mais
elevada a
percentagem
dessas
qualidades num
espírito, mais
amplo é o seu
poder de
cooperar na
execução do
Plano Divino,
respondendo às
solicitações da
vida, em nome de
Deus, que nos
criou a todos
para o Infinito
Amor e para a
Infinita
Sabedoria.
O pensamento
produz uma
espécie de
efeito físico
que reage sobre
o moral: é isso
unicamente o que
o Espiritismo
poderia fazer
compreender. É o
pensamento que
dá qualidade
curativa aos
fluidos, que
existem em
estado natural
ao nosso redor.
É ele que
transforma o
fluido inerte em
energia capaz de
recompor um
tecido doente ou
reduzir os males
de ordem
espiritual que
afetam os
indivíduos. É o
pensamento
também o fio que
nos permite
estabelecer um
relacionamento
positivo com os
espíritos, que
participam das
atividades
curadoras. Mas,
ao mesmo tempo
em que nos
permite tudo
isso, ele também
poderá nos ligar
a espíritos cuja
presença será
prejudicial ao
ato de curar.
Toda moeda tem
dois lados, as
leis da natureza
são estradas de
duas mãos. A
mente é fonte de
energia curativa
ou de energia
destruidora. A
prece é, sem
dúvida, um dos
meios pelos
quais a cura de
um mal pode ser
alcançada. Mas
é, também, um
meio dos mais
difíceis, haja
vista a pequena
capacidade
mental que temos
para orar
Isto porque a
oração tem sido
um ato mecânico,
que se realiza
pelos lábios.
Contudo, a
prece é algo que
depende
enormemente do
pensamento e da
vontade. Sem
esses dois
requisitos, a
prece se
transforma em
algo sem maior
valor.
A prece deve ser
cultivada, não
para que sejam
revogadas as
disposições da
lei divina, mas
a fim de que a
coragem e a
paciência
inundem o
coração de
fortaleza nas
lutas ásperas,
porém
necessárias. E
em nos voltando
para Deus, não
devemos ter em
mente senão a
humildade
sincera na
aceitação de sua
vontade
superior.