Uma religião verdadeira jamais separa
pessoas
O que pregavam os fundadores de conhecidas grandes
religiões era o amor. Jesus não era cristão, Buda não
era budista, Maomé não era islamita, Krishna
não era vaishnava. E pode-se dizer que, realmente, o que
pregavam e praticavam esses importantes fundadores de
religiões era o amor. O que faz a separação delas são as
pessoas que as seguem e frequentemente são fanáticas.
As religiões criaram preceitos doutrinários para seus
seguidores, sem os quais não haveria salvação ou
libertação para eles. Esses preceitos nem sempre eram
úteis para a evolução moral e espiritual das pessoas.
Não quero criticar a Igreja Católica por seus erros
cometidos – ela chegou até a dizer que fora da Igreja
não haveria salvação –, pois a causa principal dos seus
erros foi o atraso evolucional moral da Humanidade no
modo de pensar das religiões e sobretudo o seu ego
inferior, ou seja, aquele oposto ao nosso Ego Superior,
que nos influi para a nossa evolução moral ou que nos
incentiva para a prática do bem e do amor a nós mesmos e
ao nosso próximo na mesma proporção com que nós nos
amamos. E não condeno a Igreja Católica, também, porque
ela era unida com os imperadores ou reis e, muitas
vezes, por isso, ela se via obrigada a condenar e mesmo
a anatematizar quem não obedecesse aos seus ensinos,
pois quem não os acatasse era considerado como sendo
também inimigo dos imperadores ou reis apoiadores dela.
Mas hoje, como as coisas são diferentes e a Igreja já
bem evoluída, culturalmente, ela não comete mais aqueles
seus erros, que, sem dúvida, foram também frutos
oriundos do inevitável ego inferior do clero católico do
passado.
As religiões têm feito muito bem à Humanidade, mas
também muito mal. Não estamos aqui falando das questões
graves e históricas, como as inquisições católica e
protestante, mas das não tão graves, porém mais
frequentes nos meios sociais e familiares, ou seja, das
nossas mais comuns imperfeições. E uma delas é a
desarmonia entre as pessoas, principalmente entre amigos
e familiares por causa de questões religiosas.
Religião que causa separação entre as pessoas não é
verdadeira, pelo menos para as pessoas que assim agem,
pois, como vimos, e seus fundadores disso deram
exemplos, o objetivo delas é a vivência do amor. De
fato, se Deus é amor, de acordo com o ensino muito
conhecido do apóstolo João Evangelista, em uma de suas
cartas doutrinárias, como ter uma religião verdadeira,
principalmente cristã, sem a prática do amor?
Assim, pois, como têm dito muitos padres, se um
indivíduo é fanático com sua religião, sendo ela motivo
de separação de pessoas, em vez de uni-las, é melhor
mesmo não ter religião, o que é, de fato, uma grande
verdade!
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