À noite ficamos pobres. Jesus sempre foi
Vai buscar o pobrezinho,
e o triste que nada tem...
o infeliz que passa ao longe
sem o afeto de ninguém. Casimiro
Cunha (1)
Quando dormimos, fazemos um treinamento para a morte.
Durante o sono deixamos temporariamente o corpo em
reparação de suas forças e podemos realizar diversas
atividades no mundo dos espíritos.
Um dia deixaremos em definitivo esse instrumento,
precioso para se movimentar no plano físico, e
voltaremos a nos encontrar com os entes queridos que
viajaram antes de nós. Será uma alegria imensa se
tivermos feito o bem e praticado a caridade com o
próximo.
O que acontecerá nesse dia é o mesmo que acontece todos
os dias quando dormimos. Ficamos pobres de nossas
riquezas visíveis, como imóveis, veículos, dinheiro,
poupança e tudo que é material.
Nesse dia, levaremos três coisas: 1ª – nossa
inteligência, que somos nós, o espírito; 2ª – os
conhecimentos e experiências que adquirimos, culturais e
profissionais; e 3ª – nossas ações, boas ou más; serão
elas que falarão em nossa consciência (o juiz
verdadeiro) e que determinarão o que vamos receber, ou
seja, as bênçãos da paz ou o sofrimento.
Jesus, o mestre divino, nasceu, e seu berço foi a
manjedoura. Foi perseguido aos dois anos, sendo
refugiado no Egito. Amante dos pobres, oprimidos e
sofredores, tudo o que tinha era emprestado dos amigos,
inclusive o túmulo; o que era seu, distribuiu para nós:
seus exemplos e lições de amor. E, como modelo de quem
confia em Nosso Pai, carregou sua cruz e nos disse:
“quem desejar ser o maior, seja aquele que mais serve”.
A quem servimos hoje? À nossa mãe, ao nosso pai, irmãos,
esposa, filhos, amigos, patrão, colaboradores,
conhecidos ou desconhecidos? Hoje sempre é o melhor
tempo para a prática do bem e da fraternidade.
1) Antologia mediúnica do Natal –
“Bilhete de Natal”, Casimiro Cunha (Chico Xavier) – FEB.
Arnaldo
Divo Rodrigues de Camargo é diretor
da Editora EME.
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